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O impacto das queimadas e seca histórica no preço dos alimentos no Brasil

O combo de queimadas e seca histórica já está encarecendo os alimentos no Brasil, afetando produtos como açúcar, carne, feijão e suco de laranja.

  • Por AM POST

  • 10/09/2024 às 09:16

  • Atualizado em 10/09/2024 às 09:17

  • Leitura em quatro minutos

queimadas e seca histórica

Foto: internet

Amazonas – O combo de queimadas com a seca histórica já está afetando diretamente o preço dos alimentos no Brasil, e a tendência é que esse cenário piore nos próximos meses. Segundo uma reportagem publicada pelo Uol, o aumento nos focos de incêndios e a pior seca dos últimos 44 anos estão prejudicando colheitas e aumentando os custos de produção, elevando o valor de produtos essenciais como açúcar, carnes, feijão, leite e suco de laranja.

Aumento das queimadas e a seca histórica

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os focos de calor mais que dobraram em relação a 2023, e o Brasil enfrenta a seca mais severa em mais de quatro décadas. Esse cenário está dificultando a produção agrícola e pecuária, criando um efeito dominó que impacta diretamente os preços dos alimentos. Com a combinação de queimadas e falta de chuvas, tanto o plantio quanto a criação de gado têm sido prejudicados, o que reflete nos preços nas gôndolas.

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Açúcar: Prejuízos no cultivo da cana-de-açúcar

Um dos produtos mais afetados pelas queimadas é o açúcar. O Brasil, sendo o maior produtor de cana-de-açúcar do mundo, viu os incêndios consumirem aproximadamente 80 mil hectares de plantações apenas no estado de São Paulo, principal produtor do país. O prejuízo estimado já ultrapassa os R$ 800 milhões. Como consequência, o preço do açúcar cristal e refinado subiu em média 2,36%, de acordo com a economista Luciana Rosa de Souza, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Carne: Escassez de pasto e aumento dos custos

A seca também afetou os pastos, tornando a criação de gado em pasto cada vez mais inviável. Os pecuaristas estão sendo forçados a adotar o confinamento, uma prática que envolve custos maiores devido à necessidade de ração. Isso deve impactar o preço da carne bovina, já que a alimentação dos animais se torna mais cara.

Feijão: Alta de até 40% prevista

Outro item essencial na mesa dos brasileiros que será afetado é o feijão. Estima-se que o preço no atacado possa subir até 40% até o final de 2024, consequência direta das perdas agrícolas provocadas pela seca e queimadas. A economista Luciana Rosa de Souza destaca que os agricultores, ao lidar com esses desafios, aumentam os preços para compensar os riscos e as margens de lucro reduzidas.

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Leite e derivados: Pressão nos preços

Assim como a carne, o leite e seus derivados, como manteiga e iogurte, também sentirão o impacto. A seca e o aumento nos custos de produção de carne refletem no gado leiteiro, resultando em preços mais altos no leite e seus produtos.

Suco de laranja: Oferta reduzida e preços em alta

O Brasil, maior produtor mundial de suco de laranja, também está sentindo os efeitos desse combo devastador. A combinação de baixa produção e estoques reduzidos levará a uma alta nos preços do suco de laranja. A safra de laranjas deve ser menor devido às queimadas, o que pressionará ainda mais o mercado.

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Conclusão: A crise vai além dos alimentos

O cenário de queimadas e seca no Brasil não só afeta o meio ambiente, mas também o bolso dos consumidores. À medida que as queimadas avançam e a seca persiste, o custo dos alimentos deve continuar subindo, trazendo mais desafios para a população brasileira. Para mitigar os impactos, é essencial que medidas sejam adotadas para controlar as queimadas e gerenciar melhor os recursos hídricos, buscando alternativas para manter a produção de alimentos estável em tempos de crise climática.

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