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Notícias do Brasil – Deputados de oposição protocolaram, nesta quarta-feira (30/4), o pedido de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do “Roubo dos Aposentados”. O objetivo é investigar o esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), revelado em reportagens do portal Metrópoles e que motivou uma megaoperação da Polícia Federal na última semana.
A decisão sobre a instalação da CPI cabe ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). No entanto, durante reunião de líderes, Motta destacou que há uma fila de pedidos de CPIs aguardando análise e não se comprometeu a dar andamento imediato ao colegiado.
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Antes do protocolo, o deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) afirmou confiar no apoio de Motta para a instalação da comissão, lembrando que Pernambuco — estado com forte influência eleitoral do presidente da Câmara — foi um dos mais afetados pelas fraudes.
Plano B
Caso a instalação da CPI na Câmara enfrente obstáculos, parlamentares da oposição articulam um plano alternativo: reunir assinaturas de deputados e senadores para propor a criação de uma comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI).
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Uma CPI tem poderes para investigar com profundidade, podendo solicitar informações de órgãos públicos e convocar autoridades, como ministros de Estado, para prestar esclarecimentos.
Entenda o escândalo
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As fraudes no INSS vieram à tona em dezembro de 2023, a partir de uma série de reportagens do Metrópoles. As investigações apontaram que entidades registradas em nome de laranjas realizavam cobranças fraudulentas em benefícios previdenciários.
Segundo dados obtidos via Lei de Acesso à Informação (LAI), 29 entidades aumentaram seus faturamentos de R$ 85 milhões para R$ 250 milhões mensais, somando cerca de R$ 2 bilhões por ano, mesmo sendo alvo de 62 mil processos movidos por aposentados que alegam terem sido vítimas de descontos indevidos.