Redação AM POST
O pastor Antônio José Cardoso Cunha, 26, e a suposta amante Jamile Rolim da Silva, de 20,
foram presos em flagrante suspeitos do assassinar e ocultar o corpo de uma criança recém-nascida em Caucaia, no Ceará. Segundo informações da Policia Civil da cidade, o bebê foi assassinado sufocado e a golpes de garfo pela própria mãe, após tentativa de aborto. Um dia depois do crime, a mulher entregou o corpo do menino ao pai da vítima, um pastor da cidade, que o jogou em um bueiro.
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O caso teria ocorrido no fim de semana, e os suspeitos, sem antecedentes criminais, foram presos em flagrante nessa segunda-feira (8). O pastor, identificado como Antônio José Cardoso Cunha, 36 anos, e a mãe da criança, identificada como Jamile Rolim da Silva, 20 anos, mantinham relacionamento extraconjugal.
O diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Harley Filho, apontou que as investigações começaram após os agentes receberem a informação de que a mulher foi atendida em um hospital, ao qual se dirigiu machucada após realizar o aborto. A partir das investigações iniciais, os policiais chegaram aos nomes dos suspeitos e ao cadáver da criança.
Como o caso ocorreu?
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O pastor morava com a esposa no primeiro andar de um imóvel, onde ficava localizado uma igreja no pavimento térreo. Nos fundos do local, ele possuía alguns cômodos, nos quais abrigava pessoas em situação de vulnerabilidade social, entre homens e mulheres.
Jamile foi uma das pessoas acolhidas, e ambos passaram a se relacionar. Com a gravidez, o pastor sugeriu o aborto do feto, com então oito meses de gestação, para que a esposa não soubesse do caso.
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No último sábado (6), a mãe da criança foi à residência de um parente e tomou um remédio abortivo, mas o bebê nasceu vivo. Em razão disso, a mulher tentou sufocar o bebê com auxílio de uma roupa. Sem sucesso, ela desferiu golpes de garfo no pescoço dele, levando-o à morte e o escondendo em um móvel da casa.
Lá, o pastor revelou, de forma sutil e não categórica, que a participação no caso seria o fato de ele ser um líder religioso e ter um ar de credibilidade frente à comunidade de atuação. “A imagem dele ficaria comprometida”, salientou o delegado.
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Em razão disso, Jamile atendeu a solicitação do líder religioso, o que, para Régis Pimentel, atestou a participação de Antônio José no caso. Além disso, ele apontou contradições e inconsistências no depoimento prestado pelo suspeito, bem como mudança de discurso nas falas da mãe da criança.
Inicialmente, o religioso negou que o bebê fosse dele, mas, por ter tido relações sexuais com a mulher, abriu margem à possibilidade. Ele também negou, em um primeiro momento, que o corpo estivesse oculto, mas informou as proximidades do local em que
o cadáver fora deixado.
Já a mãe da criança foi ouvida no 32º DP após alta médica. Posteriormente, ela confessou o caso com riqueza de detalhes.