A Polícia Federal, em colaboração com a Receita Federal e o Ministério do Trabalho e Emprego, deflagrou na manhã desta quarta-feira (9), as operações Sinal de Fumaça e Nicotina Falsa, visando desmantelar um esquema criminoso de contrabando de cigarros e trabalho escravo. A ação se estende pelo Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e Pernambuco, com dois mandados de prisão e 39 de busca e apreensão sendo cumpridos.
As investigações, iniciadas a partir de denúncias, revelaram a venda de cigarros falsificados em Valparaíso de Goiás e Uberaba. Uma reportagem anterior havia mostrado como organizações criminosas despejam produtos de baixa qualidade no Brasil, representando um risco à saúde dos consumidores. A PF também descobriu condições análogas à escravidão em fábricas clandestinas que produziam os cigarros.
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Os suspeitos, inicialmente envolvidos na venda de cigarros legítimos, passaram a comercializar produtos de uma fábrica clandestina em Minas Gerais, buscando maiores lucros. A PF coletou amostras dos cigarros, e laudos confirmaram as irregularidades. O esquema movimentou mais de R$ 1,4 bilhão, evidenciando a gravidade da operação.
Para transportar a carga, o grupo falsificava documentos e notas fiscais, burlando as fiscalizações. Durante as investigações, ficou claro que os suspeitos se sentiam seguros, comentando que “aprendiam cada vez mais” com as abordagens de fiscais e policiais.
Os investigados enfrentam acusações graves, incluindo falsificação de documentos, comércio de produtos impróprios, trabalho escravo e lavagem de dinheiro, com penas que podem ultrapassar 48 anos de prisão.
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Redação AM POST