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Notícias do Brasil – Suzane von Richthofen, condenada pelo assassinato dos próprios pais em 2002, está sendo processada pela Receita Federal após receber mais de R$ 50 mil de pensão pela morte deles. Segundo informações divulgadas, o órgão tributário cobra o pagamento de impostos sobre os valores recebidos, que teriam sido depositados enquanto ela cumpria pena na prisão.
A pensão tem origem na herança deixada pelos pais de Suzane, Manfred e Marísia von Richthofen, brutalmente assassinados enquanto dormiam, em um crime que chocou o Brasil. Mesmo condenada pelo duplo homicídio, ela teve direito a parte dos valores pagos pelo INSS. Agora, a Receita Federal questiona a legalidade desses pagamentos e exige a regularização tributária.
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O processo envolve não apenas a cobrança de impostos atrasados, mas também possíveis penalidades por irregularidades na declaração dos valores recebidos. Ainda não há informações sobre a defesa de Suzane no caso, mas especialistas indicam que ela pode enfrentar novas complicações jurídicas.
Atualmente, Suzane está em liberdade condicional e tenta reconstruir sua vida fora da prisão. No entanto, sua situação continua gerando polêmicas e debates sobre os direitos de herança e benefícios previdenciários para condenados por crimes contra familiares.
A Receita Federal ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso, e o processo segue em andamento.
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O crime de Suzane von Richthofen
Na madrugada do dia 31 de outubro de 2002, um crime brutal chocou o Brasil: o assassinato do casal Manfred e Marísia von Richthofen, arquitetado por sua própria filha, Suzane von Richthofen, com a ajuda do namorado Daniel Cravinhos e do cunhado Cristian Cravinhos.
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Segundo as investigações, Suzane planejou o crime junto com Daniel e Cristian, motivada por interesses financeiros e desentendimentos com os pais. Na noite do assassinato, o casal foi brutalmente espancado até a morte com barras de ferro enquanto dormia em sua casa, localizada em um bairro nobre de São Paulo.
O plano foi meticulosamente elaborado. Para garantir que os pais estivessem dormindo, Suzane desligou o alarme da casa e deixou a porta destrancada para facilitar a entrada de Daniel e Cristian. Enquanto os irmãos Cravinhos subiam até o quarto do casal e desferiam os golpes fatais, Suzane permaneceu no andar térreo, aguardando o término do crime.
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Após o assassinato, os três tentaram simular um assalto, espalhando objetos pelo local para despistar a polícia. Na manhã seguinte, Suzane chegou a ir a um shopping com Daniel, em uma tentativa de reforçar sua versão de que havia passado a noite fora e não sabia do ocorrido. Entretanto, a investigação revelou contradições em seus depoimentos, levando à prisão dos envolvidos dias depois.
Durante o julgamento, Suzane foi condenada a 39 anos e 6 meses de prisão por duplo homicídio triplamente qualificado, enquanto Daniel recebeu a mesma pena. Cristian, que colaborou com a Justiça, teve uma pena levemente reduzida.
Após cumprir parte da pena em regime fechado, Suzane passou para o regime semiaberto e, posteriormente, obteve a liberdade condicional, permanecendo ainda sob vigilância da Justiça. O caso continua sendo um dos crimes mais emblemáticos do Brasil, levantando debates sobre a frieza e a motivação por trás do assassinato dos próprios pais.