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Notícias do Brasil – Levantamento divulgado pelo Observatório BR-319 revela que o desmatamento avança em áreas protegidas sob influência da BR-319, rodovia que liga os estados do Amazonas e Rondônia. Das 42 Unidades de Conservação (UCs) monitoradas na região, 40% registraram algum nível de desmatamento em 2024. Ao todo, foram devastados 962 hectares — o equivalente a cerca de 1.347 campos de futebol.
A Reserva Extrativista Jaci-Paraná (RO), que abrange os municípios de Porto Velho, Nova Mamoré e Buritis, liderou o ranking de destruição no ano, com 880 hectares desmatados. A análise faz parte da publicação anual “Retrospectiva 2024: Desmatamento e Focos de Calor na área de influência da BR-319”, que avalia dados de 13 municípios, 42 UCs e 69 Terras Indígenas entre 2010 e 2024.
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No cenário estadual, a Floresta Estadual Tapauá (AM) aparece com redução significativa e zerou o desmatamento em 2024. Por outro lado, a Floresta Nacional do Bom Futuro (RO) e o Parque Nacional Mapinguari (AM e RO) apresentaram aumento expressivo, com crescimento de 664% e 166%, respectivamente.
O ano de 2024, considerado o mais quente da história, também registrou alta nos focos de calor. Cerca de 80% das UCs da região apresentaram queimadas, totalizando 1.230 registros. O Parque Nacional Mapinguari liderou com 235 focos, seguido de perto pelo Parque Nacional dos Campos Amazônicos, com 234.
O crescimento dos incêndios reflete a pressão crescente sobre áreas protegidas e aponta para a necessidade urgente de medidas mais rigorosas de fiscalização e conservação ambiental na região amazônica.
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