A promotora Maria do Carmo Galvão de Barros Toscano, do Ministério Público de São Paulo, denunciou o repórter Gerson de Souza, da Record TV, pelo crime de importunação sexual contra quatro jornalistas da emissora, todas dentro do ambiente de trabalho do programa Domingo Espetacular. A acusação foi protocolada na Justiça na última segunda-feira (3).
Se o jornalista for condenado, a pena é de prisão pode ser de até cinco anos. A denúncia é resultado de uma investigação policial aberta em maio do ano passado, quando 12 mulheres procuraram o departamento de Recursos Humanos da Record e afirmaram terem sido vítimas de assédio sexual por parte de Souza. Segundo elas, Souza as constrangia com toques físicos e palavras maliciosas.
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Em um dos casos, que teria acontecido há um ano e dois meses, Gerson causou revolta dos colegas ao surpreender uma produtora com um beijo na boca. De acordo com o MP, Souza “por diversas vezes e de forma continuada, importunava as vítimas com palavras maliciosas, comentários de conotação sexual, gestos obscenos e toques lascivos e não consentidos”.
Ao portal Notícias da TV, a Record afirmou que “segue aguardando o desfecho do caso”. Afastado do trabalho desde maio do ano passado, o repórter alegou que as denúncias foram motivadas por revanchismo. Apesar do afastamento, Souza continua recebendo seus salários.
– É devastador saber que minha carreira, e vida pessoal, estão em risco pelas informações que circulam na mídia. Sobre as acusações, no momento posso apenas dizer que o que está sendo dito sobre mim não é verdade e que confio no trabalho da polícia para esclarecer os fatos – disse.