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“Se for provado que o Flávio errou,” ele pagará o preço, diz Bolsonaro

Em entrevista para TV estrangeira, Bolsonaro defende investigação de fatos envolvendo Flávio Bolsonaro.

  • Por AM POST

  • 23/01/2019 às 10:10

  • Atualizado em 23/01/2019 às 11:40

  • Leitura em quatro minutos

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que seu filho, o deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), deverá “pagar o preço” caso se comprove irregularidades no caso envolvendo um ex-assessor dele na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).

“Se por acaso ele [Flávio] errou e isso for provado, eu me arrependo como pai, mas ele terá que pagar o preço por essas ações, que não podemos aceitar”, disse Bolsonaro em entrevista à Bloomberg. A entrevista, gravada em Davos, onde Bolsonaro participa do Fórum Econômico Mundial, ainda será exibida pelo canal de televisão.

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O ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz, que atuou no gabinete de Flávio, é suspeito de ter movimentações atípicas em uma de suas contas. O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) avalia se houve participação de parlamentares e servidores da Alerj em movimentações bancárias não compatíveis com seus salários.

Essa é a primeira manifestação direta de Bolsonaro sobre o caso desde que surgiram novos fatos envolvendo seu filho e seu gabinete na Alerj. Em seu texto, a Bloomberg diz que o caso poderia colocar em risco a agenda anticorrupção de seu governo e afetar sua base aliada.

O caso

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Flávio Bolsonaro recebeu 48 depósitos de R$ 2.000 cada um entre junho e julho de 2017, totalizando R$ 96.000,
segundo relatório elaborado pelo Coaf divulgado pela TV Globo na semana passada. Segundo o documento, os
depósitos na conta de Flávio foram feitos todos em uma mesma agência bancária na própria Alerj, ao longo de cinco
dias.

O Coaf detectou os depósitos por terem sido feitos de forma fracionada, o que levantou a suspeita de que se tentava esconder a origem do dinheiro. Em entrevista à TV Record, Flávio disse que os depósitos fracionados identificados em sua conta são resultado da venda de um imóvel.

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O comprador foi o ex-jogador de vôlei de praia Fábio Guerra que, afirmou ao jornal Folha de S.Paulo ter dado R$ 100 mil em dinheiro vivo como parte do pagamento. As datas dos depósitos, no entanto, são
posteriores à data que consta na escritura de venda da cobertura do imóvel localizado no bairro das Laranjeiras, no centro do Rio.

O filho do presidente também empregou em seu gabinete até novembro do ano passado a mãe e a mulher do excapitão da PM Adriano Magalhães da Nóbrega, suspeito de comandar milícias no Rio de Janeiro e considerado foragido em uma operação feita pelo MP e pela Polícia Civil do Rio nessa terça-feira.

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Elas foram indicadas aos cargos por Queiroz, como o próprio ex-assessor parlamentar admitiu. A mãe de Adriano Magalhães, Raimunda Veras Magalhães, é um dos ex-servidores de Flávio citados em relatório do Coaf. Ela repassou R$ 4.600 para a conta de Queiroz.

Ela também é sócia de um restaurante no Rio Comprido, zona norte do Rio, localizado em frente a uma agência do Itaú na qual foram realizados 18 depósitos em espécie para Queiroz de janeiro de 2016 a janeiro de 2017.

Em nota, a assessoria do senador eleito disse que Raimunda foi contratada por indicação de Queiroz, que supervisionava o seu trabalho, e que não pode ser responsabilizado por atos que desconhece.

A defesa de Queiroz confirmou a indicação e disse repudiar “veementemente qualquer tentativa de vincular seu nome a milícia” e que “a divulgação de dados sigilosos obtidos de forma ilegal constitui verdadeira violação aos direitos básicos do cidadão”.

Fonte: Uol Notícias

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