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SUS incorpora droga tafenoquina para tratamento de malária após fase de estudos em Manaus

A grande vantagem é o uso em dose única. 

  • Por AM POST

  • 07/06/2023 às 15:16

  • Atualizado em 07/06/2023 às 16:14

  • Leitura em três minutos

Foto: Diego Britto/IPCCB

Pacientes de mais de 16 anos de todo o país terão acesso, pelo SUS (Sistema Único de Saúde), à droga tafenoquina, utilizada contra malária, especificamente no combate à forma causada pelo Plasmodium vivax, a partir dessa terça-feira, 6. A portaria da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde do Ministério da Saúde sobre o tema foi publicada no Diário Oficial da União.

A incorporação ao SUS deve acontecer em até 180 dias. A grande vantagem é o uso em dose única. A droga comumente utilizada é a primaquina, administrada por sete dias consecutivos. No entanto, tratamentos incompletos são um entrave para o controle e eventual eliminação da malária no Brasil, possibilitando recaídas e novas transmissões.

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O uso da tafenoquina, porém, está condicionado à dosagem de uma enzima conhecida como G6PD (glicose-6-fosfato desidrogenase). Se os níveis de G6PD forem baixos, o tratamento com drogas da classe da tafenoquina e da primaquina pode gerar consequências como hemólise (destruição dos glóbulos vermelhos) e anemia severa.

Entre os estudos que embasaram a decisão de incorporação da droga está o Trust (de Tafenoquine Roll-oUt STudy), que busca cura radical da malária, a eliminação do parasita tanto do sangue quanto do fígado, com o uso da combinação entre tafenoquina e teste da G6PD.

O Trust foi copatrocinado pelo Ministério da Saúde e pela MMV (Medicines for Malaria Venture) e conduzido por pesquisadores, da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado e do Centro de Pesquisa em Medicina Tropical de Rondônia (Cepem), respectivamente nos municípios de Manaus (AM) e Porto Velho (RO).

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“A incorporação desse novo tratamento no SUS é resultado de um longo processo de pesquisa que gerou evidências científicas robustas, que embasaram a decisão do Ministério da Saúde. Milhares de pacientes se beneficiaram desse tratamento na fase piloto, e agora a população das áreas endêmicas vai poder ter acesso a um tratamento seguro, em dose única. Essa incorporação representa um divisor de águas para melhorar a adesão ao tratamento, especialmente entre os mais vulneráveis”, afirma à reportagem Dhelio Pereira, médico do Cepem e um dos líderes do Trust.

O teste diagnóstico da G6PD é fruto de uma parceria entre a ONG Path e a empresa coreana SD Biosensor. A tafenoquina, produzida pela farmacêutica GSK, teve desenvolvimento apoiado pela MMV, que tem suporte de governos e outras entidades, como o USAid e a Fundação Bill e Melinda Gates.

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Redação AM POST

 

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