Três testemunhas que seriam ouvidas nesta terça-feira (29) no processo de cassação aberto contra o ex-líder do governo no Senado Delcídio do Amaral faltaram à reunião no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. O advogado Edson Ribeiro e o ex-chefe de gabinete do senador, Diogo Ferreira, informaram ao colegiado que não poderiam comparecer ao depoimento porque estão em recolhimento domiciliar imposto pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O ator Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, está em viagem ao exterior.
Ao lado de Delcídio, os três aparecem em conversas em que o senador negocia uma possível fuga de Nestor Cerveró e pagamentos periódicos à família do ex-dirigente para evitar que ele fechasse um acordo de delação premiada. O episódio levou o STF a decretar a prisão de Delcídio em novembro do ano passado. Novo delator da Lava Jato, o senador apresentou nova versão para o episódio e disse que os pagamentos para calar Cerveró foram feitos por ordem do ex-presidente Lula. O depoimento do próprio Delcídio está agendado para a próxima semana.