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Brasília – O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta terça-feira (25) o julgamento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete acusados no caso do suposto plano de golpe. A sessão, presidida pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, marca um momento de grande tensão política e jurídica no país. O ministro e o político ficaram frente a frente.
VEJA: Bolsonaro fica de frente para Alexandre de Moraes no julgamento no STF! pic.twitter.com/8AFb25QpbK
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— αℓєx (@alexlimareal) March 25, 2025
A Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Carmen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux, irá decidir se aceita a denúncia da PGR e transforma Bolsonaro e os demais investigados em réus. Caso isso aconteça, um processo criminal será instaurado para apurar a suposta tentativa de ruptura democrática.
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Pouco antes do início da sessão, Bolsonaro surpreendeu ao comparecer pessoalmente ao Supremo. O ex-presidente se posicionou na primeira fileira da sala, acompanhado por sua equipe de advogados, para acompanhar de perto o desenrolar do julgamento. Sua presença gerou forte repercussão e movimentação nos bastidores do tribunal.
Segundo aliados do ex-presidente, a decisão de estar presente na sessão foi estratégica, uma forma de demonstrar confiança e resistência diante das acusações. No entanto, opositores interpretam o gesto como uma tentativa de pressão política sobre os ministros.
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Julgamento e seus desdobramentos
O julgamento teve início pela leitura do relatório do caso, feita pelo próprio Moraes. Em seguida, a PGR apresentou seus argumentos para justificar a denúncia, apontando supostas evidências de que Bolsonaro e seu grupo planejavam um golpe para se manter no poder. Os advogados dos acusados também terão a oportunidade de se manifestar antes que os ministros votem sobre a aceitação da denúncia.
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Caso a Primeira Turma do STF decida transformar Bolsonaro em réu, ele poderá responder criminalmente pelas acusações, o que representaria um novo capítulo na crise política que envolve o ex-presidente desde o fim de seu mandato. A decisão final deve sair até quarta-feira (26), caso seja necessário mais tempo para deliberação.
O caso é acompanhado de perto por políticos, juristas e pela sociedade em geral, uma vez que pode ter impacto significativo no cenário político brasileiro. A expectativa é que o desfecho do julgamento influencie o futuro de Bolsonaro e de seus aliados, além de ditar os rumos da relação entre o Judiciário e o campo político conservador.