- Foto: Divulgação
Um caso polêmico envolve o ator Reynaldo Gianecchini e Júlio Cesar de Oliveira, acusado de gravar e divulgar sem consentimento um vídeo íntimo do artista. A situação resultou em uma acusação formal pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que aponta que Júlio agiu deliberadamente ao compartilhar o conteúdo, configurando uma violação grave da privacidade de Gianecchini. Caso condenado, o réu pode enfrentar até cinco anos de prisão e será obrigado a pagar uma indenização de, no mínimo, R$ 100 mil.
De acordo com a promotora Ana Maria Aiello Demadis, responsável pelo caso, o episódio teria ocorrido em janeiro de 2023, durante uma videochamada em que ambos já tinham certo grau de intimidade. Conforme relatado pela promotora, Júlio teria persuadido Gianecchini a realizar atos libidinosos na chamada, gravando secretamente as imagens sem a autorização do ator. Em seguida, o vídeo vazou para redes sociais, comprometendo a imagem e privacidade de Gianecchini.
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Sobre o vídeo vazado de Gianecchini, se o cara olhasse pra mim com essa careta aqui eu perdia o tesão na hora kkkk pic.twitter.com/6zvTu58bb6
— gabe (@gabealmmeida) December 29, 2023
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Segundo informações da jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo, em sua defesa, Júlio alegou que seu celular havia sido hackeado, o que explicaria o vazamento das imagens. Essa versão, entretanto, foi contestada pela promotoria, que apresentou provas indicando uma possível ação intencional do acusado. A promotora Ana Maria Demadis ressaltou que o material coletado nos autos contradiz a narrativa de invasão ao dispositivo do acusado e reforça a suspeita de compartilhamento proposital.
Devido à gravidade do ato, o Ministério Público decidiu não oferecer a Júlio um acordo de não persecução penal, uma possibilidade legal para casos de menor impacto ou quando o acusado coopera com a investigação. “A decisão foi tomada porque ele não confessou o crime e pela natureza danosa do seu comportamento”, afirmou Demadis. “Não podemos ignorar a profundidade dos danos à vida pessoal e à imagem pública da vítima”, complementou a promotora, ressaltando a extensão das consequências para Gianecchini.
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A promotoria revelou que existem indícios de que Júlio Cesar teria se envolvido em uma situação parecida em 2016, o que sugere uma prática recorrente.