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Em outubro de 2023, o mundo foi abalado pela trágica notícia da morte de Matthew Perry, eternizado como Chandler Bing na série Friends. O ator foi encontrado sem vida na piscina de sua mansão, e a autópsia revelou que a causa da morte foi o uso agudo de cetamina, uma droga sintética conhecida popularmente como ketamina. Agora, meses após o incidente, a polícia dos Estados Unidos acredita ter reunido evidências suficientes para prender os responsáveis pela venda da substância ao ator.
De acordo com o site TMZ, a DEA (Drug Enforcement Administration), órgão federal de segurança do Departamento de Justiça dos Estados Unidos encarregado da repressão e controle de narcóticos, iniciou uma investigação minuciosa após a confirmação da autópsia. As autoridades estão focadas em identificar e prender os indivíduos que forneceram a droga a Perry. Se condenados, os suspeitos poderão enfrentar acusações de distribuição de drogas resultante em morte ou lesão corporal grave, crimes que podem acarretar uma pena mínima de 20 anos de prisão.
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Além dos traficantes, a investigação da DEA também se estende a médicos que possam ter prescrito cetamina fora do escopo de necessidades médicas. Perry, em sua biografia “Amigos, Amores e Aquela Coisa Terrível”, falou abertamente sobre seu uso da droga para tratar depressão. Ele descreveu a experiência como um golpe de felicidade momentânea, seguido por uma ressaca intensa. “Tomar cetamina é como ser atingido por uma pá de felicidade na cabeça. Só que a ressaca é ainda mais forte que a pancada. Cetamina não era para mim”, revelou Perry em seu livro.
A cetamina é uma droga sintética que pode ser utilizada tanto em humanos quanto em animais. No Brasil, por exemplo, a substância é liberada pela Anvisa, mas com controle rigoroso. Seu uso é permitido apenas em hospitais ou clínicas de saúde, e sempre na presença de um profissional qualificado. Nos Estados Unidos, o uso medicinal da cetamina também é regulado, mas sua disponibilidade no mercado negro tem sido uma preocupação crescente para as autoridades de saúde e segurança pública.
A tragédia de Matthew Perry não é um caso isolado. O aumento no uso recreativo de cetamina, muitas vezes visto como um escape para problemas de saúde mental, tem levado a um aumento de incidentes fatais.
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Caso Djidja
A empresária Djidja Cardoso, conhecida por ser ex-sinhazinha do Boi Garantido, também foi encontrada sem vida em sua residência no dia 28 de maio deste no em sua casa em Manaus. O desfecho trágico ganhou contornos ainda mais sombrios com a revelação do inquérito policial, que aponta causa da morte teria sido overdose de ketamina, mesma droga que matou o ator Matthew Perry.
A ex-sinhazinha foi achada morta e havia cetamina na casa onde ela foi encontrada. Durante as investigações, a polícia descobriu que Ademar e Cleusimar Cardoso, mãe de Djidja e seu irmão, lideravam com ela uma seita chamada “Pai, Mãe, Vida”. Nos rituais, difundiam o uso da substância, até de maneira forçada.
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De acordo com laudo do Instituto Médico Legal (IML), Djidja Cardoso faleceu por conta de um edema cerebral, que afetou o funcionamento do coração e da respiração. A suspeita é de que o uso excessivo de ketamina tenha culminado na complicação, já que a família da moça tinha a droga aliada aos rituais da seita religiosa Pai, Mãe e Vida, liderada por eles.
“Depressão dos centros cardiorrespiratórios centrais bulbares; congestão e edema cerebral de causa indeterminada”, aponta o laudo como causa da morte.