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Caso Djidja Cardoso

“Preferiu filmar em vez de ajudar ela”, diz investigador sobre Bruno Roberto em audiência de instrução do ‘Caso Djidja’

Segundo o policial, Bruno estava com Djidja poucas horas antes de sua morte, e em vez de socorrê-la, preferiu filmar a situação.

  • Por AM POST

  • 04/09/2024 às 18:04

  • Leitura em três minutos

A 3.ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas da Comarca de Manaus deu início, nesta quarta-feira (4), à Audiência de Instrução na Ação Penal envolvendo o chamado ‘Caso Djidja’, que tem gerado grande repercussão na capital amazonense. A audiência foi realizada por videoconferência e presidida pelo juiz Celso Souza de Paula. Djidja Cardoso, encontrada morta em maio deste ano após uso desenfreado de ketamina.

Durante a sessão, o investigador da Polícia Civil, Geraldo Santos, responsável pela investigação, prestou depoimento detalhando a participação do réu Bruno Roberto da Silva Lima, fisiculturista que é ex-noivo da ex-sinhazinha do Boi Garantido em atividades ilícitas e na seita denominada ‘Pai, Mãe, Vida’. Segundo o policial, Bruno estava com Djidja poucas horas antes de sua morte, e em vez de socorrê-la, preferiu filmar a situação.

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Geraldo afirmou que as investigações apontaram para a participação ativa de Bruno no tráfico de drogas e na associação para o tráfico. O fisiculturista era responsável por adquirir medicamentos ilegais, como a ketamina, realizando os pagamentos via PIX. A substância, segundo o investigador, foi aplicada em Djidja, o que levanta ainda mais dúvidas sobre as circunstâncias que levaram à sua morte.

“Ele estava com a Djidja horas antes dela morrer, preferiu filmar em vez de ajudar ela”, declarou Geraldo durante a audiência.

Uma das revelações mais impactantes feitas por Geraldo durante o depoimento foi a ligação de Bruno com a seita ‘Pai, Mãe, Vida’. Segundo o investigador, a quebra do sigilo telefônico do acusado revelou que ele se autodenominava ‘Jesus’ dentro do grupo, enquanto outro membro, identificado como Cleusimar Cardoso Rodrigues, era chamado de ‘Maria’. Essa estrutura hierárquica dentro da seita reforça a hipótese de que o grupo operava sob fortes influências religiosas distorcidas, misturando crenças com práticas criminosas, como o tráfico de drogas.

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“O seu cliente se denominava Jesus, falou que Cleusimar era Maria. Ele pagou com PIX a ketamina”, destacou Geraldo, reiterando o envolvimento de Bruno nas práticas da seita e no fornecimento de substâncias ilegais.

A audiência de instrução segue com a oitiva das testemunhas, com o intuito de esclarecer os fatos e definir as responsabilidades dos acusados. Até às 14h45, já haviam sido ouvidas 18 testemunhas, sendo 10 de acusação e oito de defesa. O número elevado de testemunhas e a complexidade do caso indicam que novas sessões serão necessárias para a conclusão desta fase processual.

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Além de Bruno Roberto, outras nove pessoas foram denunciadas por envolvimento no caso: Cleusimar Cardoso Rodrigues, Ademar Farias Cardoso Neto, Verônica da Costa Seixas, Marlisson Vasconcelos Dantas, Claudiele Santos da Silva, José Máximo Silva de Oliveira, Emicley Araújo Freitas, Sávio Soares Pereira e Hatus Moraes Silveira. Todos enfrentam acusações que variam desde associação para o tráfico até participação na seita.

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