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Crítica da série Sem Coração: vida, morte e renascimento na costa brasileira

Leia nossa crítica da série Sem Coração e descubra por que essa produção brasileira emociona e surpreende.

Por michael

06/06/2024 às 08:48

Cinema– A crítica da série Sem Coração revela uma produção rica em simbolismos e emoções, que retrata de forma poética e dolorosa a vida de jovens na costa brasileira. Dirigida por Nara Normande e Tião, a série, que representou o Brasil no Festival de Veneza, mergulha nas complexidades das relações humanas, ambientada em um litoral que simboliza tanto a vida quanto a morte.

Uma Jornada de Vida e Morte

Em Sem Coração, a praia não é apenas um cenário, mas um personagem por si só. A série começa com personagens emergindo das ondas, respirando profundamente, sugerindo um renascimento através das águas salgadas. No entanto, ao se afastar da água e adentrar o continente, o ambiente costeiro revela um ar de morte, simbolizado por uma baleia encalhada em seus últimos momentos de vida. Essa dualidade entre vida e morte é um dos pontos centrais desta crítica da série Sem Coração.

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Personagens Profundamente Humanizados

Tamara (Maya de Vicq) é a protagonista, vivendo sua juventude com intensidade, ciente de que sua mudança para Brasília está próxima. Ao seu lado, estão amigos de diferentes origens sociais, com quem ela compartilha momentos inesquecíveis. Entre eles, Binho (Kaique Brito), um menino gay que enfrenta adversidades, e Galego (Alayson Emanuel), cuja alegria esconde uma vida de abusos e crimes. A misteriosa Sem Coração (Eduarda Samara) é uma figura central, cercada de lendas urbanas e tragédias pessoais.

Nostalgia e Melancolia

Normande e Tião desenham a série com um toque de nostalgia, refletindo a própria juventude de Normande. A crítica da série Sem Coração destaca como os diretores conseguem balancear momentos de alegria e tristeza, explorando as profundezas emocionais dos personagens de maneira orgânica e verdadeira. A série captura a efemeridade das experiências juvenis, deixando uma marca duradoura no espectador.

Direção e Cinematografia

A direção de Normande e Tião é louvável, especialmente na forma como eles trafegam entre a realidade palpável e um mundo onírico e fugaz. A cinematografia de Evgenia Alexandrova complementa essa abordagem, apresentando cenas de beleza lírica e humanidade crua. No entanto, a crítica da série Sem Coração aponta que, em momentos cruciais, o roteiro recorre a dramas fabricados, o que pode enfraquecer a naturalidade da narrativa.

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Personagens Secundários

Enquanto os jovens protagonistas são ricamente desenvolvidos, a crítica da série Sem Coração nota que os pais de Tamara não recebem o mesmo tratamento. O pai, vivido por Erom Cordeiro, é relegado ao alívio cômico, enquanto a mãe, interpretada por Maeve Jinkings, cai em clichês típicos de histórias de amadurecimento. Essa abordagem superficial dos adultos deixa uma curiosa dinâmica de classe social pouco explorada.

A Protagonista Titular

Embora Sem Coração (a personagem) seja posicionada como co-protagonista, seus dramas pessoais muitas vezes são deixados de lado. A excelente atuação de Eduarda Samara merece mais espaço para ser plenamente explorada. Suas interações com Tamara e seu pai solteiro são algumas das melhores cenas, mas muitos aspectos de sua história permanecem inacabados.

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A crítica da série Sem Coração destaca que, ao final, ficamos com a sensação de que há mais a ser descoberto. Tamara deixa Alagoas sem desvendar todos os segredos que o local guarda, e nós, como espectadores, partilhamos desse sentimento de incompletude. Normande e Tião nos deixam imersos em um mar de emoções, lembrando-nos que algumas histórias nunca têm fim, apenas se transformam.

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