
Crítica: Premonição 6: Laços de sangue – Foto: Divulgação
Cinema – Após 14 anos de hiato, a franquia Premonição retorna com Premonição 6: Laços de Sangue (Final Destination: Bloodlines), lançado no Brasil em 15 de maio de 2025. Dirigido pela dupla Jon Watts e Zach Lipovsky, o filme promete revitalizar a série com uma abordagem mais brutal, emocional e inovadora, mantendo o DNA que conquistou fãs: mortes criativas, humor ácido e a tensão implacável da Morte em perseguição. Baseado nas primeiras impressões de críticos internacionais, exibições na CinemaCon e reações nas redes, Laços de Sangue entrega um espetáculo gore que honra o legado da franquia, apesar de algumas previsibilidades.
Uma Nova Fórmula com Laços Familiares
Pela primeira vez, a franquia explora uma narrativa multigeracional. A protagonista, Stefanie (Kaitlyn Santa Juana), descobre que sua avó, Iris, teve visões premonitórias nos anos 1960, desencadeando um ciclo fatal que agora ameaça sua própria vida. A trama mistura investigação e laços familiares, trazendo uma profundidade emocional rara na série. Essa abordagem, que ecoa o tom investigativo de Premonição 2, é um dos maiores acertos do filme, oferecendo frescor sem abandonar a essência da franquia.
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O elenco, que inclui Brec Bassinger, Teo Briones e Richard Harmon, é carismático e sustenta bem as dinâmicas interpessoais. Destaque especial para Tony Todd, em seu último papel como o enigmático William Bludworth. Sua participação, embora breve, é comovente, especialmente após seu falecimento em novembro de 2024, adicionando um peso emocional que ressoa com os fãs de longa data.
Mortes Brutais e Criativas: O Coração da Franquia
Se há algo que Premonição sempre entrega, são sequências de mortes elaboradas, e Laços de Sangue eleva o padrão a novos patamares. A cena inicial, descrita como “insana” por críticos como Edward Douglas, dá o tom com uma explosão de tirar o fôlego. Entre os destaques, uma sequência envolvendo uma máquina de ressonância magnética é apontada como uma das mais intensas da franquia, enquanto outra, com um tatuador, ventiladores e um incêndio, mistura suspense e gore de forma magistral. O filme não economiza na brutalidade – a classificação R por “violência extrema” é mais que justificada.
A criatividade nas mortes é reforçada pelo humor autoconsciente, uma marca da série. Drew Taylor, do The Wrap, elogia a mistura de gore com piadas ácidas, enquanto Jonathan Sim chama o filme de “o melhor da franquia” por sua capacidade de equilibrar diversão e terror. Um momento envolvendo um personagem alérgico a amendoim e uma máquina de venda automática, exibido na CinemaCon, exemplifica o tom: é tenso, absurdo e deliciosamente exagerado.
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Acertos e Escorregões
Além das mortes e da narrativa familiar, Laços de Sangue brilha na produção. A direção de Watts e Lipovsky injeta energia, com sequências visualmente impactantes e um ritmo que mantém o espectador grudado na tela. A trilha sonora e os efeitos visuais complementam a atmosfera, enquanto o trailer, que alcançou 178,7 milhões de visualizações globais, reflete o hype que o filme gerou.
No entanto, nem tudo é perfeito. Algumas reviravoltas são previsíveis, especialmente para fãs familiarizados com os tropos da franquia. Embora a inovação na trama seja bem-vinda, certos momentos seguem fórmulas conhecidas, o que pode dividir opiniões. Ainda assim, esses pequenos deslizes não comprometem o impacto geral.
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O Legado de Premonição e o Futuro
Premonição 6: Laços de Sangue é um retorno triunfal que respeita suas raízes enquanto ousa explorar novos caminhos. A homenagem a Tony Todd, as mortes inesquecíveis e a narrativa emocional fazem do filme uma adição digna à franquia. As reações no X, com fãs celebrando a volta da série e especulando sobre um sétimo filme, sugerem que a Morte ainda tem muito a oferecer.
Para quem busca um terror sangrento, divertido e com um toque de nostalgia, Laços de Sangue é imperdível. Ele prova que, mesmo após duas décadas, a franquia ainda sabe como nos fazer temer o inevitável – e rir enquanto tentamos escapar.
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Nota: 8/10