Nesta quarta-feira, 8 de maio, a farmacêutica AstraZeneca anunciou o encerramento da produção e distribuição da sua vacina contra a Covid-19 em escala global. Esta decisão surge após a empresa enfrentar um processo judicial público relacionado a possíveis efeitos colaterais raros, incluindo casos de trombose.
O processo judicial, que veio à tona recentemente, envolve uma ação coletiva movida por 51 famílias, originalmente solicitando uma indenização de aproximadamente R$ 700 milhões. Segundo informações do jornal britânico The Telegraph, algumas famílias retiraram-se do processo ao longo do tempo.
PUBLICIDADE
Embora a AstraZeneca tenha mencionado um “excedente de vacinas disponíveis” desde o início da pandemia em 2020 como justificativa para o encerramento da produção, a controvérsia em torno dos potenciais efeitos colaterais da vacina foi uma questão significativa. A empresa admitiu anteriormente que sua vacina pode estar associada a um “efeito colateral raro” de trombose.
Em comunicado oficial, a AstraZeneca afirmou: “Como várias vacinas contra a Covid-19 e suas variantes foram desenvolvidas, há um excedente de vacinas atualizadas disponíveis”. A empresa também destacou que houve uma redução na demanda pelo imunizante.
No Brasil, a vacina da AstraZeneca é produzida pela Fiocruz desde junho de 2021, após a transferência de tecnologia. A primeira dose foi administrada no país em fevereiro de 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro.
PUBLICIDADE
Esta notícia segue-se à interrupção da venda da vacina AstraZeneca na União Europeia (UE), anunciada pela Comissão Europeia na segunda-feira, 6 de maio. A farmacêutica britânica solicitou a retirada da autorização de introdução no mercado, e a CE acatou o pedido.
Redação AM POST