Redação AM POST
Diante do agravamento da pandemia do coronavírus no Rio Grande do Sul, o governo do Estado voltou a avaliar o aluguel de contêineres refrigerados para armazenar corpos. Conforme a direção do Instituto-Geral de Perícias (IGP), empresas que dispõem do equipamento já foram contatadas para apresentar orçamentos.
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A medida foi usada no Amazonas, nas duas ondas da pandemia, devido alta na incidência de novos casos de pacientes infectados e mortes por Covid-19 em Manaus. Nas unidades móveis, os corpos eram guardados em prateleiras.
O RS atingiu 100,1% de ocupação dos leitos de UTI disponíveis, pela primeira vez desde o início da pandemia, conforme mostra o painel de monitoramento da Secretaria Estadual da Saúde. Na atualização das 14h07 nesta terça (2), o estado contava com 2.820 pacientes internados. O total de vagas era de 2.818.
O governo do RS já verificou a disponibilidade junto a empresas do setor e, agora, aguarda orçamentos. Em julho, oito contêineres foram trazidos ao Estado mas não chegaram a ser usados e foram devolvidos em agosto. Agora, segundo o IGP, o número seria menor, possivelmente, até quatro.
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O Hospital Moinhos de Vento, o maior da rede privada de Porto Alegre (RS), que vive um verdadeiro cenário de guerra, em meio à explosão de internações de pacientes com covid-19 também vai contratar um contêiner para acomodar as vítimas da doença, segundo o superintendente médico Luiz Antônio Nasi.
“A nossa lista da morgue ultrapassou ontem [1º] a capacidade de acomodar as pessoas que faleceram dentro do hospital. Estamos contratando um contêiner para poder colocar as vítimas. A rede pública também vive o mesmo drama da superlotação, da lotação das UTIs [Unidades de Terapia Intensiva]”, relatou Nasi em entrevista à GloboNews.
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Com população de cerca de 1,5 milhão de habitantes, a capital gaúcha já soma 106.447 infectados pelo coronavírus desde o início da pandemia, ainda segundo a prefeitura. O número de mortos é de 2.418.