Redação AM POST
As irmãs médicas Isabelle e Gabrielle Lins foram exoneradas nesta sexta-feira (12) do cargo de gerente de projetos que ocupavam na Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), conforme publicação do Diário Oficial do Município (DOM). Elas receberam nesta semana a segunda dose de vacina contra Covid-19, mesmo sendo proibidas pela Justiça Federal devido acusação de terem furado fila de imunização.
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As duas médicas recém-formadas, que são filhas do empresário Nilton Costa Lins Jr – dono da Universidade Nilton Lins e outros empreendimentos na capital – causaram polêmica nas redes sociais após após publicarem fotos de vacinação no dia 19 de janeiro, inicio da imunização em Manaus, e foram denunciadas por furarem fila. Segundo o Diário Oficial do Município (DOM), Gabrielle foi nomeada em cargo comissionado Semsa no dia 18 de janeiro, um dia antes do início da vacinação. A irmã foi nomeada no dia seguinte. Desse modo, não haveria tempo para as médicas terem trabalhado na linha de frente nos hospitais que estão atuando contra a covid-19.
Na época, a prefeitura de Manaus divulgou nota afirmando que não houve qualquer irregularidade na aplicação da vacina nas duas gêmeas da família Lins. “Sobre o caso das médicas Gabrielle Kirk Lins e Isabbele Kirk Lins vacinadas neste primeiro dia de imunização, não há nenhuma irregularidade, uma vez que se encontram nomeadas e atuando legitimamente no plantão da unidade de saúde, para a qual foram designadas, em razão da urgência e exceção sanitárias, estabelecidas nos primeiros 15 dias da nova gestão”, diz trecho da nota.
A juíza Jaiza Fraxe, da 1º Vara da Justiça Federal no Amazonas, determinou em despacho assinado em 23 de janeiro de 2021 que as pessoas que furaram fila da vacina contra a Covid-19 não teriam direito de receber a segunda dose do imunizante e estariam sujeitas à prisão em flagrante.
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A advogada das gêmeas, Gabriela Giuzio, afirmou que elas não foram indiciadas como rés, ou seja, não estão sendo investigadas. Portanto, não foram proibidas de receber a imunização.
Veja a exoneração: