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Coronavírus

Rainha Elizabeth II e marido foram vacinados contra Covid-19; Papa será imunizado na semana que vem

A pandemia ganha força em vários país e as campanhas de imunização se aceleram.

  • Por AM POST

  • 09/01/2021 às 15:30

  • Leitura em seis minutos

RFI

A rainha Elizabeth II e seu marido, o príncipe Philippe, receberam neste sábado (9) a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus, anunciou o Palácio de Buckingham. O papa Francisco, em campanha pela vacinação, informou que será imunizado na semana que vem. A pandemia ganha força em vários país e as campanhas de imunização se aceleram.

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Elizabeth II, de 94 anos, e príncipe Philippe, de 99, se juntaram a cerca de 1,5 milhão de pessoas que já receberam uma primeira dose da vacina no Reino Unido. Uma fonte disse à agência de notícias britânica PA que o casal real foi vacinado pelo médico da família no Castelo de Windsor, onde estão passando o novo lockdown decretado pelo governo nessa semana.

Normalmente discreta sobre seu estado de saúde, “a rainha decidiu tornar essas informações públicas para evitar imprecisões e possíveis rumores”, acrescentou PA.

A Grã-Bretanha, que é o país da Europa mais atingido pela pandemia, enfrenta atualmente um novo surto de casos pelo coronavírus atribuído a uma variante mais contagiosa. Somente neste sábado foram quase 60.000 novos infectados. O Reino Unido contabiliza agora mais de 3 milhões de casos e 80.000 mortes.

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Confinado pela terceira vez, o país embarcou numa “corrida contra o tempo”. Os hospitais estão à beira da saturação. As autoridades querem vacinar até meados de fevereiro os maiores de 70 anos, profissionais da saúde e pessoas vulneráveis, ou seja, cerca de 15 milhões de pessoas pertencentes a uma categoria da população que soma 88% das mortes devido à covid-19.

A campanha de vacinação britânica começou no início de dezembro com as vacinas disponíveis atualmente – da BioNTech/Pfizer e da AstraZeneca/Oxford. A agência de saúde britânica autorizou na sexta-feira (8) uma terceira vacina, a do laboratório americano Moderna. Mas este imunizante só começará a ser usado no país na primavera.

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Papa pede que todos se vacinem
Tentando convencer as pessoas a se vacinarem, o papa Francisco anunciou neste sábado que receberá a injeção na semana que vem, quando começa a campanha de vacinação no Vaticano. Na entrevista à televisão italiana Canale 5, ele disse que a oposição à vacina contra a Covid é um “negacionismo suicida”.

A entrevista deve ser difundida na noite deste domingo (10), mas alguns trechos já foram divulgados à imprensa. Francisco disse não consegue explicar a desconfiança das pessoas com o imunizante, mas insistiu “hoje, temos que nos vacinar”.

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Pandemia ganha força e campanhas de vacinação se aceleram
A pandemia de Covid-19 está ganhando força em praticamente todo o mundo e a campanha de vacinação se acelera em vários país. O balanço deste sábado indica que o novo coronavírus já matou mais de 1,9 milhão de pessoas e infectou cerca de 88,8 milhões no mundo.

Os Estados Unidos, o país mais atingido pela pandemia, registraram mais de 290.000 infecções em 24 horas na sexta-feira, de acordo com a Universidade Johns Hopkins. “As vacinas nos dão esperança, mas sua distribuição tem sido uma farsa”, declarou o presidente eleito, Joe Biden, a repórteres. A distribuição das vacinas será “o maior desafio operacional que enfrentaremos como nação”, assegurou o presidente eleito que substituirá Donald Trump em 20 de janeiro.

Na Ásia, a situação também preocupa. As autoridades chinesas aumentaram as restrições de movimento em duas cidades próximas a Pequim para erradicar um foco de infecção. A medida afeta cerca de 18 milhões de pessoas em Shijiazhuang e Xingtai, por uma semana.

A decisão das autoridades acontece antes do Ano Novo Chinês, que será celebrado em fevereiro. Neste período, milhões de pessoas viajam para visitar familiares e amigos e se teme um aumento das infecções. A China informou neste sábado que já administrou nove milhões de doses de sua vacina contra a Covid-19.

Preocupação com novas variantes
Na Austrália, a terceira cidade do país, Brisbane, começou hoje seu primeiro dia de confinamento, decretado após a descoberta de um primeiro caso da variante britânica do vírus. Apenas algumas pessoas com máscaras eram vistas nas ruas da cidade.

Duas novas mutações do coronavírus, que apareceram no Reino Unido e na África do Sul, estão causando preocupação mundial por serem muito mais contagiosas. A variante britânica já foi detectada em pelo menos oito estados dos Estados Unidos, onde foram registrados 63 casos dessa nova cepa, indicou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

O laboratório alemão BioNTech, no entanto, afirmou na sexta que a vacina que desenvolveu com a gigante americana Pfizer é eficaz contra uma “mutação-chave” nessas novas cepas.

Pedidos da OMS
À medida que a corrida para imunizar as populações contra o coronavírus se acelera, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu aos países ricos que parem de assinar “acordos bilaterais” com laboratórios que produzem as vacinas. “50% dos países de alta renda estão vacinando agora”, disse Bruce Aylward, conselheiro da agência da ONU. “0% dos países de baixa renda estão vacinando. Não é justo”, ressaltou.

A declaração foi feita no momento em que a União Europeia (UE) concluiu um acordo com a Pfizer/BioNTech para dobrar seu contrato de encomendas de 300 milhões para 600 milhões de doses. Com as compras confirmadas, a UE poderá vacinar 380 milhões de cidadãos, ou seja, 80% da sua população, segundo estimativas de Bruxelas.

O Irã anunciou, por sua vez, que não confia em nenhuma das vacinas fabricadas pelos Estados Unidos (Pfizer/BioNTech, Moderna) e pelo Reino Unido (Astrazeneca/Oxford) e proibiu diretamente sua entrada no país. “Não podemos confiar neles. Não é impossível que eles queiram contaminar outras nações”, tuítou o aiatolá Ali Khamenei. O Twitter suprimiu a mensagem do guia supremo iraniano contra vacinas ocidentais.

(Com AFP)

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