
Origem da vida na Terra- Foto: internet
Um estudo conduzido por cientistas da Universidade de Bristol, no Reino Unido, revelou algumas informações surpreendentes sobre a origem da vida na Terra. De acordo com a equipe de pesquisadores, o último ancestral comum universal – também conhecido como LUCA (last universal common ancestor), do qual descendem todos os seres vivos do planeta, surgiu há cerca de 4,2 bilhões de anos.
O Surgimento da Vida em um Planeta Jovem
Os cientistas apontam que a vida na Terra pode ter surgido apenas algumas centenas de milhões de anos após a formação do planeta, que tem cerca de 4,5 bilhões de anos. Isso significa que a vida começou a emergir quando a Terra ainda era muito jovem. Esse achado é significativo porque sugere que a vida pode se estabelecer rapidamente em condições adequadas.
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Características do LUCA
LUCA é descrito como sendo semelhante aos procariontes, organismos unicelulares que não possuem núcleo. Ele não dependia de oxigênio para sobreviver e, provavelmente, seus processos metabólicos produziam acetato. Este ancestral comum é fundamental para entender a árvore da vida, pois representa o ponto de divergência de todas as linhagens de organismos vivos.
Técnica de Relógio Molecular
Para determinar a idade de LUCA, a equipe de pesquisadores utilizou a técnica de relógio molecular. Essa técnica permite estimar o tempo de eventos de separação de linhagens com base na análise das taxas de mutação de genes. Com esses dados, os cientistas puderam calcular quanto tempo se passou desde o início da divergência dos sucessores de LUCA.
Implicações para a Habitabilidade de Outros Planetas
As descobertas do estudo também sugerem que a vida pode estar florescendo em biosferas semelhantes à da Terra em outros lugares do Universo. Se a vida pôde surgir e se estabelecer tão rapidamente na Terra primitiva, é possível que condições similares em outros planetas também possam sustentar formas de vida.
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A Terra Primitiva e o Surgimento da Vida
Quando a Terra era nova, era um lugar muito diferente do que conhecemos hoje. A atmosfera primitiva teria sido extremamente tóxica para as formas de vida atuais. O oxigênio, por exemplo, só surgiu em quantidades significativas muito mais tarde, há cerca de 3 bilhões de anos. No entanto, a existência de fósseis de micróbios com quase 3,5 bilhões de anos sugere que a vida pode ter surgido mesmo antes, em um ambiente estável há cerca de 4,3 bilhões de anos.

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Publicação do Estudo na Nature Ecology & Evolution
O estudo, publicado na revista Nature Ecology & Evolution, destaca a importância dessas descobertas para a compreensão da evolução da vida na Terra. Sandra Álvarez-Carretero, bióloga evolucionista da Universidade de Bristol, comentou que os resultados do estudo se encaixam com as visões modernas sobre a habitabilidade da Terra primitiva, embora não esperassem que LUCA fosse tão antigo.
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Possíveis Impactos das Supernovas Próximas
Além das descobertas sobre a origem da vida, a pesquisa também abre discussões sobre como eventos cósmicos, como explosões de supernovas próximas, podem ter influenciado a evolução da vida na Terra. Esses eventos podem representar ameaças significativas à biosfera, mas também podem ter contribuído para a diversificação da vida.
O estudo sobre a origem da vida na Terra revela não apenas a antiguidade de LUCA, mas também a rapidez com que a vida pode se estabelecer em condições favoráveis. Essa pesquisa fornece uma nova perspectiva sobre a habitabilidade de outros planetas e a possibilidade de encontrar vida em outros cantos do Universo. A descoberta de que LUCA não dependia de oxigênio e provavelmente produzia acetato sugere que formas de vida semelhantes poderiam existir em ambientes extraterrestres.