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Estudo da NASA indica que gelo em Marte pode abrigar vida

Estudo da NASA aponta que depósitos de gelo em Marte podem proteger vida microbiana da radiação UV.

  • Por AM POST

  • 28/10/2024 às 09:25

  • Leitura em quatro minutos

Estudo da NASA indica que gelo em Marte pode abrigar vida

Foto: internet

Um novo estudo conduzido pela NASA revela que os depósitos de gelo localizados nas latitudes médias de Marte podem representar um ambiente propício para a presença de vida microbiana. Publicado na revista Communications Earth & Environment, o estudo destaca que áreas onde o gelo se encontra exposto na superfície de Marte devem ser exploradas em missões futuras para investigar a possível existência de micro-organismos capazes de realizar fotossíntese.

A Zona Habitável de Marte e a Radiação Solar

Marte é um planeta hostil, onde a intensa radiação ultravioleta emitida pelo Sol dificulta a sobrevivência de formas de vida na superfície. No entanto, o gelo marciano pode agir como um escudo protetor contra essa radiação. Para que uma zona seja considerada habitável, o gelo precisa ser espesso o suficiente para bloquear a radiação UV e, ao mesmo tempo, permitir que a luz visível penetre até uma profundidade ideal para possibilitar a fotossíntese.

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Os pesquisadores concluíram que, em regiões onde o gelo é exposto e tem uma profundidade específica, há potencial para uma “zona habitável por radiação” — um espaço onde micro-organismos poderiam sobreviver e realizar fotossíntese em condições protegidas da radiação solar intensa.

Marte - Formação - Possibilidade de gelo - History Channel Brasil

Poderia haver condições para a vida abaixo do gelo das ravinas da Terra Sirenum de Marte (Imagem: NASA/JPL-Caltech/University of Arizona/Divulgação)

A Terra Sirenum e o Potencial para Vida Microbiana em Marte

A equipe, liderada por Aditya Khuller, do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA, investigou a possibilidade da presença de uma zona habitável abaixo do gelo em regiões específicas de Marte, incluindo as ravinas da Terra Sirenum. Utilizando dados de teor de poeira no gelo compatíveis com os níveis encontrados em Marte, os cientistas identificaram que, com uma proporção de poeira de 0,01% a 0,1%, a zona habitável pode se estender de 5 a 38 centímetros de profundidade. Em gelo mais puro, essa camada potencialmente habitável pode chegar de 2,15 a 3,10 metros de profundidade.

Essa camada de gelo, além de bloquear a radiação, pode gerar áreas onde a água líquida se formaria por derretimento localizado, o que é vital para a sobrevivência de organismos fotossintéticos. Esse derretimento localizado seria possível até uma profundidade de aproximadamente 1,5 metro em determinadas áreas, possibilitando um ambiente aquático temporário.

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O Potencial das Latitudes Médias

Enquanto o gelo presente nas regiões polares de Marte apresenta temperaturas extremamente baixas, o que inviabiliza a existência de vida, as latitudes médias de Marte, situadas entre 30 e 50 graus, oferecem condições mais favoráveis. Nessas áreas, a temperatura e a profundidade do gelo são mais adequadas para a criação de zonas habitáveis.

Khuller enfatizou que essas regiões de gelo nas latitudes médias de Marte são os pontos mais promissores para futuras pesquisas. “Se estamos tentando encontrar vida em qualquer lugar do universo hoje, os depósitos de gelo marciano são provavelmente um dos lugares mais acessíveis que deveríamos procurar”, afirmou.

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Próximos Passos e Perspectivas para a Busca por Vida em Marte

Embora o estudo apresente uma base teórica sólida para a presença de condições habitáveis em Marte, ele não garante a existência de vida fotossintética no planeta. Segundo os pesquisadores, as áreas onde o gelo se encontra exposto nas latitudes médias de Marte devem ser analisadas em futuras missões para buscar sinais de vida microbiana. Essas áreas, por estarem mais próximas da superfície, facilitam a exploração direta por rovers e outros equipamentos de pesquisa.

A descoberta de zonas potencialmente habitáveis abaixo de camadas de gelo em Marte representa um marco para futuras missões que buscam vida no planeta vermelho. Com a proteção oferecida pelo gelo contra a radiação UV e a possibilidade de água líquida por derretimento localizado, as condições parecem propícias para sustentar micro-organismos fotossintéticos. Marte continua a revelar segredos sobre seu passado e potencial para vida, fazendo desse estudo da NASA uma base importante para próximas expedições que visam explorar a fronteira final da ciência e da astrobiologia.

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Fonte: canalhistory

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