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O misterioso enterro da “Criança Vampira” na Polônia

O segredo por trás de um túmulo do século XVII.

  • Por AM POST

  • 11/10/2024 às 14:00

  • Atualizado em 11/10/2024 às 14:19

  • Leitura em quatro minutos

O misterioso enterro da "Criança Vampira" na Polônia

Criança Vampira – Universidade Nicolau Copérnico/Divulgação

Curiosidades– Arqueólogos da Universidade Nicolaus Copernicus (NCU) na Polônia fizeram uma descoberta intrigante: restos mortais de uma criança enterrada com um cadeado “antivampiro” no tornozelo, prática comum no século XVII para evitar que o morto “voltasse”. Essa descoberta, feita perto da vila de Pien, revela como o medo do sobrenatural moldou as práticas funerárias na Polônia durante esse período.

A Descoberta Inusitada

Durante as escavações, os arqueólogos encontraram os restos de uma criança de cinco a sete anos. O cadeado em seu tornozelo era uma medida simbólica para evitar o retorno do falecido ao mundo dos vivos, refletindo um medo generalizado de vampiros. O estudo está sendo liderado pela equipe da Universidade Nicolaus Copernicus, conhecida por sua vasta experiência em escavações históricas.

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Esses rituais fúnebres eram motivados por uma combinação de crenças supersticiosas e falta de conhecimento médico. Em períodos de epidemias e surtos inexplicáveis de doenças, era comum acreditar que os mortos poderiam ressurgir e causar mal aos vivos, como destacado por estudos antropológicos sobre práticas funerárias em regiões da Europa CentralMedo de Vampiros e o Contexto Social

A crença em vampiros foi alimentada pelo medo do desconhecido, especialmente durante épocas de pragas e doenças que devastavam populações. Epidemias, como a peste negra, provocavam mortes súbitas e inexplicáveis, o que levou muitas pessoas a acreditarem que forças sobrenaturais estariam em ação. As comunidades buscavam controlar esses medos por meio de rituais e práticas que envolviam o sepultamento dos mortos com medidas de contenção, como cadeados e foices. De acordo com o professor Paul Barber, especialista em práticas funerárias e autor de “Vampires, Burial, and Death: Folklore and Reality”, esses rituais eram respostas culturais para a ansiedade coletiva .

O misterioso enterro da Criança Vampira na Polônia

Foto: Łukasz Czyżewski/Nicolaus Copernicus University

Redidas Drásticas

Além do cadeado no tornozelo, outras medidas extremas também eram comuns em casos de suspeita de vampirismo. Corpos eram enterrados de bruços para impedir que “mordessem a terra” e retornassem. Em situações mais graves, os cadáveres eram decapitados, queimados ou esmagados com pedras, práticas descritas em pesquisas arqueológicas em várias partes da Europa .

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Essa descobernica da Polônia. Em 2022, outra “vampira” foi encontrada com uma foice no pescoço em um cemitério do século XVII em Pień . Esses achados reforçam a importân crenças para a população da época e a natureza ritualística que cercava o tratamento dos mortos.

O misterioso enterro da Criança Vampira na Polônia

Foto: Universidade Nicolaus Copernicus

Outros Achados Fascinantes

Durante as escavações, os arqueólogos também descobriram restos de outras três crianças e um fragmento de mandíbula com manchas verdes, possivelmente decorrentes de tratamentos com remédios à base de metais. Esses tipos de remédios, utilizados no tratamento de febres e doenças comuns, eram comuns na medicina popular, conforme registrado em estudos sobre a farmacopeia medieval .

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Implicações Arqueológicas e Éticas

Atas arqueológicas levantam questões sobre a exumação de corpos e o tratamento ético de restos humanos históricos. Arqueólogos e antropólogos enfatizam a importância de preservar esses achados com respeito, considerando as sensibilidades culturais e religiosas da época . Esses restos não são apenas um recurso científico, parte do patrimônio de comunidades inteiras.

Conclusão: O Legado das Superstições no Século XVII

O enterro da “criança vampira” e as demais descobertas em Pien fornecem uma visão fascinante sobre como o medo do sobrenatural moldou a vida e a morte no século XVII. Em uma época de incertezas, a superstição e os rituais fúnebres eram maneiras de lidar com o medo da morte e do desconhecido. Hoje, esses achados arqueológicos nos ajudam a entender a evolução da humanidade, e como nossas perspectivas sobre a morte mudaram drasticamente ao longo dos séculos.

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