
Hubble registra morte de estrela – Foto: Reprodução
Curiosidades – O Hubble registra morte de estrela em um momento histórico e simbólico. No que seria sua última imagem com a câmera óptica mais antiga do telescópio, a Wide Field and Planetary Camera 2 (WFPC2), o Hubble capturou a nebulosa planetária Kohoutek 4-55. Essa estrutura impressionante marca o estágio final da vida de uma estrela gigante vermelha, em um espetáculo de luzes e gases que sintetiza toda a beleza e complexidade do universo.
Como o Hubble registrou a morte da estrela
A nebulosa planetária Kohoutek 4-55 é o resultado dos momentos finais de uma estrela similar ao nosso Sol. Nessa fase, conhecida como gigante vermelha, a estrela libera suas últimas camadas externas de gás. Com o colapso do núcleo, intensas fusões nucleares ocorrem, gerando uma explosão que lança átomos ionizados no espaço.
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O Hubble registra morte de estrela com riqueza de detalhes graças à capacidade da WFPC2. A imagem final da câmera mostra diferentes gases com cores atribuídas por computação gráfica: vermelho e laranja representam nitrogênio, verde indica hidrogênio e azul revela oxigênio. Essa paleta de cores permite entender melhor a composição da nebulosa e o processo de transformação estelar.

Telescópio Hubble registra morte de estrela – Foto: Reprodução
Uma despedida à altura da WFPC2
A captura da nebulosa Kohoutek 4-55 tem um valor especial: foi a última imagem feita pela câmera WFPC2 antes de ser substituída. Em operação desde 1993, essa câmera foi responsável por algumas das imagens mais emblemáticas já produzidas pelo Hubble. Ela foi removida em 2009, durante a última missão de manutenção do telescópio, e substituída pela Wide Field Camera 3.
Segundo a NASA, “em homenagem à câmera óptica mais antiga do Hubble, uma nebulosa planetária foi fotografada como a ‘bela imagem’ final do WFPC2”. O registro foi feito 10 dias antes da câmera ser retirada e traz consigo um simbolismo poderoso: o fim de uma fase da exploração espacial com um retrato literal do fim de uma estrela.
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Por que essa imagem é tão especial?
Ao analisar a imagem feita pelo Hubble, os cientistas destacaram a estrutura incomum da nebulosa K 4-55. Ela possui um anel interno brilhante, uma camada externa assimétrica mais tênue e uma aureola vermelha ao redor, formada por nitrogênio ionizado. Essa complexidade em múltiplas camadas não é comum em nebulosas planetárias, tornando o registro ainda mais relevante para a astrofísica.
Mais do que um espetáculo visual, o momento em que o Hubble registra morte de estrela também é uma oportunidade para entender melhor os ciclos de vida estelar. Após a intensa liberação de gás e fusões nucleares, a gigante vermelha se tornará uma anã branca – a fase final para estrelas desse tipo.
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Um legado de descobertas e imagens icônicas
A WFPC2 foi fundamental para os principais avanços do telescópio Hubble por mais de 15 anos. Entre as contribuições mais notáveis estão as imagens do “Campo Ultra Profundo do Hubble”, que revelaram galáxias formadas pouco após o Big Bang, e as observações detalhadas de planetas do Sistema Solar, como Júpiter e Saturno.
Agora, com a nova Wide Field Camera 3, o legado do Hubble continua com ainda mais precisão e profundidade. Ainda assim, o momento em que o Hubble registra morte de estrela e encerra o ciclo da WFPC2 será lembrado como um dos marcos da astronomia moderna.
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A imagem da nebulosa Kohoutek 4-55 é mais do que uma despedida simbólica da câmera WFPC2 — é um lembrete da grandeza do universo e da importância da ciência na compreensão de seus mistérios. Ao captar o fim de uma estrela com tamanha beleza e precisão, o Hubble não apenas encerra um ciclo, mas abre caminho para novas descobertas que continuam a inspirar gerações.