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Caixa muda regras de financiamento de imóveis e vai exigir entrada maior a partir desta sexta; entenda

A Caixa Econômica Federal, principal instituição financeira para crédito habitacional no Brasil.

  • Por AM POST

  • 01/11/2024 às 11:02

  • Leitura em seis minutos

A Caixa Econômica Federal, principal instituição financeira para crédito habitacional no Brasil, anunciou mudanças significativas em suas regras para financiamento de imóveis com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). A partir de 1º de novembro, a Caixa exigirá uma entrada maior para novos contratos de financiamento, além de implementar limitações quanto ao valor máximo de avaliação dos imóveis financiados e a existência de outros financiamentos ativos.

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Essas novas diretrizes foram divulgadas em um momento de alta procura por imóveis e um aumento dos saques da caderneta de poupança, fonte de recursos usada pela Caixa para disponibilizar esses empréstimos. Vamos entender melhor essas alterações e o que elas significam para quem pretende financiar um imóvel.

Limites no financiamento com recursos do SBPE

A partir de agora, a Caixa limitará o valor de avaliação dos imóveis financiados a um máximo de R$ 1,5 milhão para contratos feitos pelo SBPE. Além disso, os clientes que optarem por essa linha de crédito não poderão ter outro financiamento habitacional ativo com a Caixa. Essas novas regras refletem uma mudança significativa, pois anteriormente não havia limite para o valor do imóvel financiado e o cliente podia possuir outros financiamentos na mesma modalidade com o banco.

Essa limitação não afeta os financiamentos realizados com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que já possuíam restrições quanto ao número de contratos ativos.

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Alterações nas cotas de financiamento: entrada maior para os sistemas SAC e Price

Outra mudança importante está nas cotas de financiamento, ou seja, na proporção do valor do imóvel que a Caixa financiará. Antes das novas regras, a Caixa financiava até 80% do valor do imóvel no modelo de amortização SAC (Sistema de Amortização Constante) e até 70% no sistema Price. Agora, no entanto, essas cotas foram reduzidas para 70% e 50%, respectivamente, exigindo assim uma entrada maior dos compradores.

Para entender melhor, vejamos alguns exemplos:

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  • Sistema SAC: Se um imóvel vale R$ 800 mil, antes das mudanças a Caixa financiava até R$ 640 mil, exigindo R$ 160 mil de entrada (20% do valor). Com as novas regras, o financiamento máximo será de R$ 560 mil, o que significa que o comprador precisará dar uma entrada de R$ 240 mil (30% do valor).
  • Sistema Price: Para o mesmo imóvel de R$ 800 mil, a Caixa financiava R$ 560 mil (70%) antes das mudanças, com o comprador pagando uma entrada de R$ 240 mil. Agora, o financiamento será limitado a R$ 400 mil (50%), aumentando a entrada para R$ 400 mil.

Essas alterações impactam diretamente o planejamento financeiro dos compradores, que precisarão dispor de uma quantia consideravelmente maior para a entrada do imóvel.

Por que a Caixa está fazendo essas mudanças?

As novas regras para financiamento de imóveis pela Caixa foram motivadas pela alta demanda do mercado imobiliário, que gerou um crescimento significativo nos financiamentos habitacionais. Outro fator relevante foi o aumento nos saques da caderneta de poupança, que é a principal fonte de recursos para o SBPE. Segundo o Banco Central, os saques líquidos na poupança totalizaram R$ 7,1 bilhões em setembro, marcando o terceiro mês consecutivo de retiradas.

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De acordo com a Caixa, a instituição já ultrapassou as metas de crédito habitacional para o ano de 2024, concedendo R$ 175 bilhões em financiamentos até setembro. Esse montante representa um aumento de 28,6% em comparação ao mesmo período de 2023, com um total de 627 mil imóveis financiados.

A instituição explicou que essas medidas têm como objetivo garantir o equilíbrio entre oferta e demanda, permitindo que os recursos sejam administrados de forma sustentável, atendendo a um número maior de clientes ao longo do tempo.

As novas regras têm prazo de validade?

Segundo a Caixa, as novas diretrizes não possuem prazo de validade definido, ou seja, são implementações que podem ser permanentes. Isso significa que os compradores precisarão se adaptar a essas condições ao planejar seus financiamentos imobiliários daqui em diante. Essas mudanças destacam a necessidade de um planejamento financeiro mais cuidadoso por parte dos futuros compradores de imóveis.

E quem já possui um financiamento ativo?

Para quem já possui um financiamento ativo com a Caixa, a instituição garantiu que as novas regras não serão aplicadas retroativamente. Portanto, os contratos existentes permanecerão regidos pelas condições previamente estabelecidas, sem mudanças nos termos ou valores acordados.

FAQ: Perguntas Frequentes sobre as novas regras da Caixa

1. Quando as novas regras entram em vigor?
A partir de sexta-feira, 1º de novembro.

2. Qual o valor máximo do imóvel que pode ser financiado com as novas regras?
Para contratos via SBPE, o valor do imóvel financiado não pode exceder R$ 1,5 milhão.

3. Posso ter mais de um financiamento ativo com a Caixa?
Não, as novas regras impedem que o cliente tenha outro financiamento ativo via SBPE com a Caixa.

4. O que muda na entrada para o sistema SAC?
Agora a entrada mínima será de 30% do valor do imóvel, comparado aos 20% permitidos anteriormente.

5. E para o sistema Price?
A entrada mínima subiu para 50% do valor do imóvel, em contraste com os 30% permitidos antes das mudanças.

6. Quem já tem um financiamento será afetado?
Não, os contratos já ativos não serão alterados.

7. Essas mudanças são temporárias?
Não, segundo a Caixa, as novas medidas podem ser permanentes.

8. As novas regras afetam financiamentos com recursos do FGTS?
Não, essas mudanças são específicas para financiamentos com recursos do SBPE.

9. Por que a Caixa está aumentando a exigência de entrada?
Devido ao aumento da demanda por imóveis e aos saques elevados da poupança.

10. Como as mudanças impactam o planejamento financeiro dos compradores?
Os compradores precisarão de uma reserva maior para a entrada do imóvel, o que torna essencial o planejamento antecipado.

Referência: G1

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