Redação AM POST
PUBLICIDADE
O governo federal vai aumentar a taxa de juros do consignado do INSS. O novo percentual ainda não está definido, mas deve ficar entre 1,9% e 2%. A decisão foi tomada na noite desta segunda-feira (20).
Na semana passada o CNPS (Conselho Nacional da Previdência Social) decidiu pela redução da taxa máxima de juros do empréstimo consignado para beneficiários do INSS.
A mudança no limite máximo de juros foi feita a pedido do ministro Carlos Lupi (Previdência). O teto de juros para os empréstimos passou de 2,14% para 1,70%. A taxa do cartão de crédito consignado também foi reduzida de 3,06% para 2,62%.
PUBLICIDADE
Portanto, a decisão de manter a taxa entre 1.9% e 2% foi considerada um meio-termo entre os pleitos de Lupi e dos bancos.
O conselho deve se reunir até a próxima semana para oficializar a nova taxa.
PUBLICIDADE
Próximos passos
Uma nova reunião será realizada até a próxima sexta-feira (24), desta vez junto a representantes dos sistemas financeiro e bancário.
PUBLICIDADE
O encontro deverá ocorrer após a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), na quarta (22), que decidirá sobre a taxa básica de juros. O governo tem feito pressão para que o índice, atualmente fixado em 13,75%, caia.
Reação dos bancos
Após a publicação da redução das taxas no DOU (Diário Oficial da União), as instituições financeiras reagiram e suspenderam os contratos do consignado do INSS.
A medida foi tomada tanto por bancos privados como por Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. A Febraban, que representa os bancos, também fez frente à iniciativa.
As instituições argumentam que o teto reduzido na semana passada definido pelo governo não cobre o custo para manter a operação do consignado do INSS.
Nos bastidores, fontes envolvidas na questão afirmam que o ministro conversava com os bancos desde o início do ano, mas que as partes não teriam acordado o novo percentual.
Além disso, integrantes do governo dizem que Lupi apresentou as novas taxas ao conselho sem o aval da equipe econômica do presidente Lula.
Participaram da reunião no Planalto os secretários executivos da Fazenda, Gabriel Galípolo, e do Ministério Trabalho e Emprego, Francisco Macena, além das presidentes da Caixa, Rita Serrano, e do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros e dos ministros Carlos Lupi e Rui Costa (Casa Civil).