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Economia

Zona Franca de Manaus prevê aumento R$ 500 milhões com transporte em meio à seca

O valor extra, que vem sendo chamado de “taxa seca”.

  • Por AM POST

  • 11/09/2024 às 09:55

  • Atualizado em 11/09/2024 às 10:00

  • Leitura em dois minutos

Foto: Bruno Kelly/Reuters

A seca que afeta o Brasil está impactando severamente as operações na Zona Franca de Manaus, gerando custos adicionais significativos para o setor industrial. De acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), a estiagem deverá acarretar um gasto extra de R$ 500 milhões somente com transporte este ano.

Esse valor, frequentemente referido como “taxa seca”, resulta das medidas que as empresas têm adotado para mitigar os efeitos da seca nas operações logísticas, que incluem a chegada de insumos e a saída de produtos do polo industrial. O presidente da Fieam, Antonio Silva, informou que a taxa pode alcançar até US$ 5 mil por contêiner, refletindo o impacto financeiro da crise hídrica.

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“Não temos a BR-319 asfaltada, a rodovia que conecta o Amazonas a Rondônia e ao resto do país. Além disso, a maioria dos bens produzidos no Polo Industrial de Manaus depende do transporte fluvial, que se torna ineficaz para navios de grande porte durante o período de estiagem,” explicou Silva à CNN.

Diante da dificuldade de transporte, as empresas estão forçadas a buscar rotas alternativas e a aumentar seus estoques de componentes para enfrentar os desafios logísticos. Além disso, muitas indústrias têm optado por contratos de venda antecipada como uma forma de minimizar os riscos associados à incerteza do abastecimento.

A seca também está pressionando os custos de energia, que já representam uma parte significativa das despesas do setor. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, na semana passada, a elevação da bandeira vermelha patamar 1 para setembro, o que implica um custo adicional de R$ 4,463 por cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Esta medida foi necessária devido ao impacto da baixa disponibilidade hídrica sobre as hidrelétricas, que são a principal fonte de eletricidade no Brasil.

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O setor industrial, que consome quase 32% da eletricidade gerada no país, está particularmente afetado. Segundo um relatório da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a eletricidade representa 21,5% do consumo energético industrial, com o bagaço de cana e o carvão mineral completando os principais fontes de energia.

Redação AM POST

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