Ex-soldado da Aeronáutica em Manaus, Alessandro Nery Praia, 30, foi um dos detentos mortos no massacre ocorrido em janeiro de 2017, no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj). Ele havia sido condenado a 30 anos de prisão por matar a ex-mulher Adriana Franco da Luz, em 2006. Sua família, graças ao trabalho do vice na chapa do candidato ao governo Wilson Lima (PSC), o defensor público Carlos Alberto de Almeida Filho, pode receber a gorda indenização de R$ 50 mil.
A sentença de Praia só veio em 2014, 12 anos após o crime. Segundo os autos do processo, ele não aceitou o fim do relacionamento e decidiu assassinar sua companheira. Desde 2015, pedia transferência do Compaj após receber ameaças e, em 2016, foi movido para uma das celas da ala conhecida como “seguro”. Naquele ano, fez parte de um programa educacional de diminuição da pena e foi um dos três detentos com a nota mais alta do Amazonas.
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É para detentos como o ex-soldado da Aeronáutica que o vice de Wilson Lima briga e defende com unhas e dentes a indenização a seus familiares no valor de R$ 50 mil, sob a alegação de que o criminoso foi morto sob a tutela do Estado, conforme legislação vigente. A família de sua ex-companheira não recebeu qualquer tipo de reparo por parte do governo.