A secretária Nacional de Mulheres do PT, Anne Moura, afirmou nesta quarta-feira (03/04) que não vai abrir mão de sua pré-candidatura a Prefeitura de Manaus após anúncio de que o ex-deputado federal Marcelo Ramos foi indicado pelo presidente Lula para a vaga.
Anne Moura atribuiu a culpa pelo impasse ao diretório municipal do partido, acusando-o de obstruir sua indicação e gerar uma situação que forçou as lideranças nacionais a convidarem Marcelo para a disputa. Ela também ponderou ao dizer que Marcelo é bem-vindo mas terá que entrar na disputa interna que tinha seis postulantes a vaga.
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“Uma coisa eu deixei bem claro: eu não sou pré-candidata de mentirinha. O Marcelo Ramos pode vir [ao PT]. Ele é muito bem-vindo e como qualquer filiado do PT pode ser pré-candidato à Prefeitura de Manaus, já que tinham seis [pré-candidatos]. Agora vamos ter que dialogar. Tem regras dentro do PT”, disse Anne Moura em entrevista a Rede Onda Digital.
A petista destacou que não pretende entrar em rivalidade com Marcelo Ramos em relação à pré-candidatura, porém, enfatizou que exigirá o respeito ao processo legítimo estabelecido pela direção nacional para a escolha do candidato ideal para as eleições.
“A única coisa que eu quero é que seja respeitada a metodologia que foi estabelecida. Então, hoje o PT de Manaus tem dois pré-candidatos: eu que saí da metodologia [pesquisa] do PT e o companheiro Marcelo Ramos, que se filiou ontem (02/04) pelo site a convite do presidente Lula e da presidente Gleisi”, completou Anne Moura.
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O anúncio da pré-candidatura de Marcelo Ramos foi realizado ontem (2) e veio como uma reviravolta no cenário político do PT em Manaus, causando um turbilhão de reações e debates internos no partido. O convite feito pelo presidente Lula e pela presidente Gleisi Hoffmann para Ramos ingressar na disputa pelo PT reacendeu as discussões sobre as estratégias e diretrizes partidárias na capital amazonense.
A situação se torna ainda mais delicada diante da perspectiva de que a pré-candidatura de Anne Moura representava uma forte aposta do partido, chegando ela até a sair em pesquisas eleitorais.
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Agora, o PT de Manaus se vê diante de um desafio crucial: conciliar as diferentes aspirações e interesses internos.