O atacante Paulinho, destaque do Atlético-MG, vivenciou momentos de intolerância religiosa nas redes sociais após sua estreia pela seleção brasileira de futebol. A polêmica surgiu após a derrota do Brasil para a Colômbia por 2 a 1 na última quinta-feira (16), em jogo válido pela 5ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.

O jogador, que é praticante do candomblé, foi alvo de ofensas em seu perfil nas redes sociais, sendo chamado de “macumbeiro” em diversas mensagens. A intolerância religiosa se intensificou após uma publicação de Paulinho no dia 6 deste mês, quando comemorou sua convocação para a seleção brasileira. Na postagem, ele compartilhou uma foto com a camisa verde e amarela, acompanhada da frase: “Nunca foi sorte, sempre foi Exú.” No candomblé, Exu é um orixá, considerado um mensageiro espiritual.

A postagem de Paulinho, que reflete sua fé, desencadeou uma série de comentários negativos e preconceituosos. As ofensas à sua religião destacam a urgência de debater e combater a intolerância religiosa no cenário esportivo e na sociedade em geral.

O jogador ainda não se pronunciou publicamente sobre as ofensas, mas o caso levanta questionamentos sobre a necessidade de promover a conscientização e o respeito à diversidade religiosa no ambiente esportivo. O Atlético-MG e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não se manifestaram oficialmente até o momento.