Um esquema montado dentro do Partido Progressista (PP) para que a legenda se tornasse a segunda maior bancada na Câmara dos Deputados, com 54 deputados, ficando atrás apenas do PT e superando MDB e PSDB, foi denunciado pela ‘Revista Isto É’ desta semana.
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Entre os deputados que fazem parte da negociata partidária articulada durante a abertura da “Janela partidária”, em março deste ano – período em que a Justiça Eleitoral permite a troca de partido para a disputa de novo mandato, está o parlamentar do Amazonas, Átila Lins, que negociou R$ 7,650 milhões de recursos públicos do Fundo Nacional da Saúde (FNS) para suas bases no interior do Estado e R$ 2,5 milhões em fundo partidário, totalizando R$ 10,150 milhões.
De acordo com a revista, o presidente nacional do partido, senador Ciro Nogueira (PI), o então ministro da Saúde, deputado Ricardo Barros (PR), e o deputado Arthur Lira (Al), ex-presidente da Comissão de Orçamento, se movimentaram nos bastidores com objetivo de trazer para o Partido Progressista sete novos parlamentares.
Átila Lins vem preencher um vácuo deixado pela deputada federal Conceição Sampaio, que está deixando o PP para pousar no ninho tucano do PSDB, do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto. E como Rebecca Garcia deve concorrer a um cargo majoritário, nas eleições de 2018 – ao governo, a vice-governadora ou a uma das duas vagas ao Senado – o deputado terá todo o espaço político para concorrer a mais um mandato de deputado federal. O 11º de sua carreira.
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A Isto É também afirma que o deputado chegou a pedir pessoalmente ao presidente Michel Temer recursos para construir na cidade de Coari um hospital da mulher. Por emendas, Coari recebeu também R$ 3 milhões. Outras cidades da sua base foram beneficiadas: Borba, São Paulo de Olivença e Carauari.