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Wilson Lima diverge de Amazonino e diz que pretende pagar indenização a famílias de presos mortos em chacina

Os candidatos do segundo turno ao governo do Amazonas tem posicionamentos opostos sobre o assunto.

  • Por AM POST

  • 17/10/2018 às 18:24

  • Atualizado em 18/10/2018 às 12:31

  • Leitura em três minutos

Redação AM POST

O candidato ao Governo, Wilson Lima (PSC), disse que “a lei tem que ser cumprida” ao ser questionado durante entrevista na TV Amazonas, sobre pagamento em sua gestão de indenização de R$ 50 mil a cada família de presos mortos na chacina ocorrida no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em janeiro de 2017. A jornalista que fez a pergunta contextualizou dizendo que essas famílias foram defendidas pelo defensor público, Carlos Almeida, candidato a vice na chapa de Lima.

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No ano passado, Carlos Almeida cadastrou 54 famílias de presos assassinados e iniciou tratativas para que o Governo do Estado pague R$ 50 mil por cada preso assassinado.

“A lei tem que ser cumprida. O que é correto é correto. Eu entendo que o Amazonas tem prioridades”, disse o novato na política a jornalista dando a entender que pretende fazer outras coisas em sua gestão mas as indenizações que totalizam R$ 2,7 milhões também estão em pauta.

No total, a chacina, que incluiu mortes também na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) e na Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa, em Manaus, terminou com 64 mortos.

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O valor das indenizações, de R$ 50 mil, conforme divulgado pelo defensor público Carlos Almeida, no ano passado, foi definido com base em precedentes de tribunais de justiça superiores. É o defensor público quem representa as famílias dos presos nas tratativas com a Procuradoria Geral do Estado (PGE).

Outro lado
Enquanto Wilson Lima assume posicionamento favorável ao assunto, o candidato a governador pela coligação “Eu Voto no Amazonas”, Amazonino Mendes (PDT), é categórico ao dizer que não vai pagar as indenizações as famílias dos detentos. Para ele é necessário recorrer em todas as instâncias contra o pagamento da indenização milionária.

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“Eu não entendo como é que se faz um negócio desses. Assassinatos existem aí, pais de família, trabalhadores honestos e sérios, e ninguém se levanta para indenizar as famílias desses pobres homens. Aí bandidos, que mataram, bandidos que infernizam a sociedade, se matam entre si e agora a gente vai tirar o dinheiro do povo, do estado, para indenizar? Isso não faz sentido, não tem lógica. Eu não pagarei e recorrerei das decisões judiciais até o último instante, porque tenho uma convicção: nós temos que respeitar o bem, e não ajudar o mal”, declarou.

“E sei que isso foi agenciado, industrializado, estimulado, pelo candidato a vice do meu adversário (Carlos Almeida Filho). Isso me assusta demais. A gente vai ter um vice-governador que ampara bandido? Que ajuda bandido? Eu não sei mais onde estamos. A gente está lutando tanto para conter o ímpeto criminoso”, disse Amazonino em entrevista o ao portal G1 Amazonas.

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