Aviões de combate de Israel atacaram a Faixa de Gaza bairro por bairro nesta terça-feira, 10, reduzindo prédios a escombros e enviando pessoas a buscar ajuda no pequeno território cercado. Autoridades israelenses prometem manter uma retaliação após o ataque surpresa do Hamas no fim de semana.
Organizações humanitárias solicitaram a criação de corredores humanitários para levar ajuda à Faixa de Gaza e alertaram para a sobrecarga nos hospitais, onde o estoque de suprimentos está se esgotando. Israel interrompeu totalmente o acesso a alimentos, combustível e medicamentos em Gaza, e o único acesso restante, via Egito, foi fechado nesta terça-feira após os ataques aéreos próximos à passagem fronteiriça.
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O conflito teve início quando militantes do Hamas lançaram um ataque contra Israel no sábado, resultando em confrontos nas ruas pela primeira vez em décadas. Pelo menos 1.600 pessoas morreram nos dois lados, e talvez centenas de outras também. Segundo o governo israelense, o Hamas e outros grupos militantes em Gaza mantêm mais de 150 soldados e civis como reféns.
De acordo com a mídia local, Israel mobilizou mais 36 mil reservistas nesta terça-feira. Após dias de confrontos, as forças militares israelenses anunciaram hoje de manhã que retomaram o controle efetivo das áreas atacadas pelo Hamas no Sul e da fronteira em Gaza.
A questão agora é se Israel lançará uma invasão terrestre em Gaza, uma região com 40 quilômetros de extensão, situada entre Israel, Egito e o Mar Mediterrâneo, onde vivem 2,3 milhões de pessoas. O Hamas governa a Faixa de Gaza desde 2007. Militares israelenses disseram que foram realizados centenas de ataques durante a noite no bairro de Rimal, em Gaza, onde estão localizados os ministérios do governo local.
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Estadão Conteúdo