Atendendo pedido do Partido dos Trabalhadores (PT), o corregedor do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Orlando Rochadel Moreira, instaurou nesta terça-feira, 16, reclamação disciplinar contra o procurador-chefe da Lava Jato, Deltan Dallagnol e Roberson Henrique Pozzobon, da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.
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A representação do PT é baseada em provas ilícitas e obtidas de modo criminoso que são supostas conversas entre os procuradores no aplicativo Telegram divulgadas pelo site The Intercept e pelo jornal Folha de S. Paulo.
Sobre a postura de Deltan, o PT afirma que houve desvio de função de servidores ‘para a prática de atividades pessoais de palestrante, desvinculadas, portanto, das finalidades dos cargos ocupados’, e também ‘obtenção de vantagens adicionais aos vencimentos do cargo não previstas em lei’.
Sobre Pozzobon, a alegação do partido é de que o procurador teria faltado com o “decoro pessoal, zelo e probidade, e de ilibada conduta particular, na medida em que, ao ser alertado sobre a possibilidade de investigação das atividades comerciais dos reclamados teria externado, em tom jocoso a expressão ‘Que veeeenham’.”, afirma o PT.
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De acordo com Rochadel Moreira, deve ser investigado se Dallagnol tentou enriquecer com a realização de palestras sobre seu trabalho realizado no Ministério Público. Os procuradores têm 10 dias para apresentarem explicações.
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