O juiz Sergio Moro decretou a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na tarde desta quinta-feira (5). Moro determinou que Lula se apresente até as 17h de sexta (6) à Superintendência da Polícia Federal no Paraná, em Curitiba. O petista foi condenado a 12 anos e 1 mês de prisão pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex do Guarujá (SP).
“Relativamente ao condenado e ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, concedo-lhe, em atenção à dignidade do cargo que ocupou, a oportunidade de apresentar-se voluntariamente à Polícia Federal em Curitiba até as 17:00 do dia 06/04/2018, quando deverá ser cumprido o mandado de prisão”, afirma Moro, em seu decreto.
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O advogado Sepúlveda Pertence, que integra a defesa do ex-presidente Lula, disse que a ordem de prisão expedida contra seu cliente “não surpreendeu”, visto que o acórdão do TRF-4 já determinava que isso acontecesse. A orientação do advogado para o petista é “mostrar tranquilidade” e se entregar.
No despacho, Moro afirmou que não há como a defesa do ex-presidente protelar a execução da pena. “Hipotéticos embargos de declaração de embargos de declaração constituem apenas uma patologia protelatória e que deveria ser do mundo jurídico”, diz trecho do despacho.
Moro determinou que Lula fique em uma sala especial na sede da PF no Paraná e que não seja algemado.