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Notícias de Manaus – A cabeleireira Joyce Brito, de 40 anos viveu em Manaus (AM), o que muitos considerariam impossível: sobreviver a um diagnóstico de morte cerebral após um AVC hemorrágico. Sua história, marcada por 23 dias em coma e uma recuperação que desafiou as previsões médicas, é um alerta poderoso sobre a importância de cuidar da saúde física e mental. O que levou Joyce a essa situação? Como ela conseguiu se recuperar? E o que podemos aprender com sua experiência? Acompanhe essa jornada de superação e reflexão.
Um colapso inesperado no salão de beleza
Na véspera de Natal de 2022, Joyce atendia clientes em seu salão de beleza em Manaus quando começou a sentir sintomas preocupantes. Apesar de tomar medicação para pressão arterial desde os 20 anos, ela não imaginava que um quadro tão grave estava por vir. “Eu comecei a me sentir mal enquanto trabalhava, mas achei que era algo passageiro”, relatou Joyce à revista Crescer. No entanto, os sintomas pioraram rapidamente, e ela foi levada às pressas ao hospital. Lá, os médicos diagnosticaram um AVC hemorrágico — uma condição em que um vaso sanguíneo no cérebro se rompe, causando sangramento e danos neurológicos.
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O quadro evoluiu para algo ainda mais grave: Joyce entrou em coma, com falência múltipla dos órgãos e um diagnóstico de morte cerebral. “Eles disseram que era questão de tempo. Meus órgãos tinham falido, só o coração batia”, contou. Para a equipe médica, as chances de recuperação eram praticamente nulas, e o estado vegetativo parecia o melhor cenário possível.

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Um milagre contra todas as expectativas
Após ser transferida para outro hospital, novos exames começaram a mostrar sinais inesperados: Joyce estava reagindo. Contrariando todas as previsões, ela saiu do coma após 23 dias e iniciou uma longa jornada de recuperação. Embora ainda enfrente sequelas, como perda de equilíbrio e sensibilidade, sua volta à consciência foi considerada um milagre por médicos e familiares. “Eu voltei da morte cerebral. Aprendi que nada é impossível para Deus”, afirmou Joyce, que atribui sua recuperação à fé e a um propósito maior: alertar outras pessoas sobre os cuidados com a saúde.
Histórias como a de Joyce são raras. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o AVC é uma das principais causas de morte no Brasil, com cerca de 100 mil óbitos por ano. A recuperação de um quadro de morte cerebral é ainda mais incomum, o que torna o caso de Joyce um exemplo inspirador, mas também um lembrete da gravidade da condição.
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Os sinais ignorados: estresse e má alimentação
Olhando para trás, Joyce percebeu que seu corpo dava sinais de alerta há anos, mas a rotina intensa a impedia de notá-los. “Eu era magra, achava que isso nunca iria acontecer comigo. Mas meu corpo estava inflamado, muito por conta da má alimentação — eu comia muitos alimentos ultraprocessados”, revelou. Além disso, ela identificou o estresse como um gatilho central. “O cortisol, hormônio do estresse, estava muito acima do normal. Eu não dormia na hora certa, trabalhava muito, não descansava e nem me alimentava corretamente. Era uma bomba-relógio.”
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Entre as consequências do AVC, Joyce sofreu uma perda capilar significativa, com 80% dos fios caindo. Esse impacto a levou a investigar mais a fundo sua saúde e entender que a falta de vitaminas e nutrientes já apontava para um colapso iminente. Estudos apontam que dietas ricas em ultraprocessados, aliadas ao estresse crônico, aumentam o risco de problemas cardiovasculares, incluindo o AVC.

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Lições de vida: como evitar o mesmo destino
A experiência de Joyce trouxe mudanças profundas em sua rotina. Hoje, ela prioriza uma alimentação equilibrada, sono regular e práticas para reduzir o estresse, como meditação e pausas no dia a dia. “Eu quero que minha história sirva de alerta. As pessoas precisam se cuidar, ouvir o corpo e não ignorar os sinais”, diz. Para quem busca evitar problemas semelhantes, aqui estão algumas dicas práticas baseadas em recomendações de especialistas:
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- Controle a pressão arterial: Hipertensão é um dos principais fatores de risco para AVC. Faça check-ups regulares e siga o tratamento prescrito.
- Adote uma alimentação saudável: Reduza o consumo de ultraprocessados e priorize frutas, vegetais, grãos integrais e gorduras boas.
- Gerencie o estresse: Práticas como exercícios físicos, meditação ou hobbies podem ajudar a manter o cortisol sob controle.
- Durma bem: O sono inadequado aumenta o risco de problemas cardiovasculares. Tente manter uma rotina de 7 a 8 horas por noite.
Essas mudanças não apenas reduzem o risco de AVC, mas também promovem uma vida mais saudável e equilibrada. Na prática, isso significa ouvir o corpo antes que ele precise gritar por atenção.
Um propósito renovado
Dois anos após o ocorrido, Joyce segue em reabilitação, enfrentando desafios como a readaptação motora e a recuperação da autoestima após a perda capilar. Ainda assim, sua mensagem é de gratidão e esperança. “Deus tem um propósito, que é contar minha história para que outras pessoas se cuidem também”, afirma. Sua experiência é um convite à reflexão: o que você está ignorando na sua saúde? Como pequenas mudanças hoje podem evitar grandes problemas amanhã?

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A história de Joyce não é apenas sobre sobrevivência, mas sobre transformação. Ela nos lembra que cuidar de si mesmo é um ato de responsabilidade — com o próprio corpo e com aqueles que amamos. Se você sente que a rotina está te sobrecarregando, talvez seja hora de parar, respirar e reavaliar. Afinal, como Joyce aprendeu, a saúde é o alicerce de qualquer grande conquista.