Redação AM POST
Com função terapêutica e reconhecida como a expressão dos sentimentos, a música clássica teve como palco a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), que recebeu o recital solo do violinista Vitor Camilo Medeiros, nesta quarta-feira (13/04). O músico tocou um repertório composto por grandes nomes da música clássica, como Mozart, Beethoven e Strauss.
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O recital ocorreu em alusão à Semana de Páscoa, indo ao encontro do Programa Nacional de Humanização (PNH), do Ministério da Saúde (MS), que visa promover ações humanizadoras em ambientes hospitalares.
Segundo o diretor-presidente da FCecon, mastologista Gerson Mourão, o processo de introdução da arte no ambiente hospitalar é antigo, o qual tem sido concretizado por meio de ações individuais e de setores dentro do hospital.
“A Fundação não pode ser um palco apenas para tratamento da dor, da angústia e de doenças. Precisamos atuar como agentes transformadores na vida das pessoas, e nada melhor que utilizarmos a arte. Por isso, acreditamos que é uma ação sem tamanho”, comemora Mourão.
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Sensibilidade
Para Vitor Camilo, cabe ao musicista levar a sensibilidade da arte para as pessoas que estão em situação hospitalar, as quais não tiveram contato com esse tipo de música. “A Fundação Cecon sendo uma unidade de saúde que trabalha com a prevenção, o diagnóstico e o tratamento do câncer, trata-se de um ato de amor realizar o recital aqui”, frisa.
A paciente Eliane Brito está tratando um câncer de mama e contou que o dia foi estressante no hospital, devido a procedimentos diferentes que ela precisou aguardar para realizar nesta quarta-feira.
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“Eu estava estressada, mas a música vai dando aquele alívio, um conforto no corpo e na alma. Muito bom”, disse a paciente.
Função terapêutica
A gerente do serviço de Psicologia da FCecon, Maria Graciete Ribeiro Carneiro, reforça que a música exerce função terapêutica dentro do ambiente hospitalar, contribuindo para o aumento da qualidade de vida de pacientes e da equipe de servidores.
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Ela explica que a musicoterapia contribui com a possibilidade de pacientes refletirem sobre suas significações existenciais, favorece o alívio do estresse e proporciona mudanças internas para o enfrentamento mais efetivo da doença e do tratamento.
“A música auxilia no tratamento oncológico porque os pacientes internados experienciam a ansiedade devido a numerosos fatores, como medo da dor, da morte, das limitações impostas pela doença, privação de sono, incertezas sobre seu bem-estar, sentimentos de isolamento e também despersonalizações geradas pelas rotinas do hospital”, pontua Ribeiro.
Humanização
Para a gerente do Serviço Social do hospital, Keyth Bentes, a apresentação do Victor Camilo é uma grata intervenção de humanização no ambiente hospitalar, por vezes visto como um ambiente de estresse, que tira pacientes e acompanhantes de sua rotina e produz sentimentos de medo e incerteza. “A música acalma, eleva a mente e torna o ambiente mais acolhedor e humanizado”, lembra.