
Foto: Abel Rabelo / Ministério da Saúde
O Rio Negro, na região de Manaus (AM), enfrenta uma das maiores secas já registradas. Conforme a última medição do Serviço Geológico do Brasil (SGB), o nível do rio atingiu um novo recorde negativo na última terça-feira (29/10), marcando apenas 12,22 metros. Esse índice representa a menor cota registrada desde o início do monitoramento, em 1902, e supera o recorde anterior de 12,66 metros, medido em 4 de outubro deste ano.
Os dados fazem parte do 45º Boletim de Monitoramento Hidrológico da Bacia do Rio Amazonas, documento divulgado pelo SGB que acompanha a situação das águas na região. Segundo o boletim, o Rio Negro tem experimentado uma queda média de cerca de cinco centímetros por dia, um ritmo alarmante que reflete a intensidade da seca enfrentada pela bacia amazônica.
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Este fenômeno crítico é consequência direta da baixa quantidade de chuvas na região, que, até o momento, ainda não entrou no seu período úmido. Segundo Jussara Cury, pesquisadora e superintendente regional do SGB em Manaus, o ciclo de chuvas regulares na Amazônia normalmente se consolida em novembro, mas até que o período chuvoso se estabeleça, o rio continuará apresentando oscilações em níveis extremamente baixos. “O período chuvoso ainda não se consolidou na bacia. As chuvas regulares só devem começar em novembro. Por isso, antes de iniciar as subidas, o rio ainda passará por essas variações de nível”, afirmou Cury.