- Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) revelaram um cenário alarmante para a Amazônia: o mês de fevereiro registrou um recorde no número de focos de incêndio na região. Segundo o órgão vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia, foram identificados 2.924 pontos de queimadas até o dia 26, marcando a maior quantidade desde que os registros começaram, em 1999.
Esse aumento drástico contrasta com o mês anterior, janeiro, que contabilizou 2.049 focos de incêndio no bioma. Com isso, o primeiro bimestre de 2024 já soma 4.973 focos de queimadas, e a expectativa é de que esses números ainda cresçam até o fim do mês.
PUBLICIDADE
A situação torna-se ainda mais preocupante ao comparar com o mesmo período do ano anterior, quando foram registrados apenas 734 focos de incêndio em fevereiro. Isso representa um aumento alarmante de 298% nas ocorrências. Em todo o ano de 2023, os registros somaram 98.646 pontos de fogo na mata, evidenciando a continuidade e agravamento desse problema ambiental.
Para a ministra do Meio Ambiente e das Mudanças Climáticas, Marina Silva, a situação assume contornos de extrema gravidade, sendo influenciada por três fatores principais: a grande estiagem causada pelo fenômeno climático El Niño, o acúmulo de matéria orgânica ressecada e o ato criminoso de atear fogo em propriedades particulares e áreas públicas.
Diante desse cenário, cresce a preocupação com os impactos ambientais e sociais decorrentes dos incêndios na maior floresta tropical do mundo. Medidas urgentes são necessárias para conter essa crise e preservar esse patrimônio natural de valor inestimável.