Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que as queimadas, naturais e criminosas, estão cobrindo 60% do território brasileiro com fumaça, causando graves impactos ambientais e à saúde. Na segunda-feira passada, a qualidade do ar em São Paulo foi classificada como a pior do mundo pela ONG IQAir, credenciada pela ONU. Apesar da gravidade, tanto o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto o Congresso Nacional têm sido criticados por sua resposta insuficiente à crise.
A Folha de S.Paulo destacou o aumento modesto de brigadistas do Ibama sob a gestão de Marina Silva, mas também apontou a redução significativa no efetivo do ICMBio. Além disso, o Congresso aprovou uma legislação sobre manejo de fogo apenas após seis anos de tramitação, enquanto a bancada ruralista continua a pressionar por pautas antiambientais.
PUBLICIDADE
O governo Lula também enfrenta críticas pela falta de coordenação. O ministro Wellington Dias, durante visitas a estados afetados, classificou a tragédia ambiental como algo “novo”, apesar de ser um problema de longa data. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, ainda não se pronunciou sobre os cuidados necessários para proteger a população dos efeitos da poluição.
Nos níveis estadual e municipal, especialmente em São Paulo, a resposta à crise também tem sido considerada ineficaz. Jornalistas destacam a ausência de um plano claro para lidar com as queimadas, enquanto os incêndios atingem o pior nível desde 2010. A falta de mobilização do governo é vista como uma falha crucial para enfrentar o problema agora e no futuro.
Redação AM POST