Um adolescente com paralisia cerebral morreu sozinho em casa depois que seu pai e único cuidado foi colocado em quarentena por suspeita de coronavírus na China.
Yan Cheng, de 16 anos, foi encontrado morto na quarta-feira, uma semana depois que seu pai e irmão foram isolados em um hospital de Huajiahe, na província de Hubei, epicentro do surto de coronavírus.
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O garoto teria sido alimentado apenas duas vezes durante esse período, segundo a imprensa local.
A morte do jovem levou à demissão do secretário local do Partido Comunista e do prefeito da cidade de Huajiahe.
Ainda de acordo com a imprensa local, o pai do adolescente chegou a publicar um post na Weibo, rede social chinesa, pedindo ajuda e explicando que seu filho havia sido deixado sozinho em casa sem água ou comida.
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A paralisia cerebral se refere a um grupo de condições que aparecem na primeira infância e afetam o movimento e a coordenação. Os sintomas variam e podem incluir tremores, rigidez ou fraqueza muscular, dificuldade de deglutição, problemas de visão, fala e audição. Os pacientes com paralisia cerebral podem ser severamente incapacitados.
As autoridades anunciaram que seria aberto um inquérito para investigar o caso.
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Até agora, 426 pessoas morreram em decorrência do coronavírus na China — e mais de 20 mil casos da doença foram confirmados no país.
Há ainda 159 pessoas infectadas em outros 24 países, e uma morte foi registrada nas Filipinas.
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No Brasil, há 14 casos suspeitos, mas nenhum confirmado.
O número de casos registrados em todo o mundo superou o da epidemia da síndrome respiratória aguda grave (Sars), que infectou 8,1 mil pessoas em 2003.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que é provável que o número de casos aumente ainda mais, e as autoridades chinesas estão introduzindo uma série de medidas para tentar impedir a propagação do vírus.