Na noite de sexta-feira (27), o Exército de Israel desferiu um ataque aéreo em Beirute que resultou na morte do líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah. O ataque, considerado um duro golpe para o grupo militante apoiado pelo Irã, ocorreu no quartel-general do Hezbollah, localizado nos subúrbios ao sul da capital libanesa. A confirmação da morte de Nasrallah foi feita pelo próprio Hezbollah, embora a organização não tenha detalhado as circunstâncias da sua eliminação.
A morte de Nasrallah representa um marco significativo não apenas para o Hezbollah, mas também para o Irã, que há anos vê o grupo como um aliado fundamental em sua influência na região. Nasrallah foi um dos principais arquitetos da transformação do Hezbollah em uma força militar e política de relevância no mundo árabe, fazendo da organização um pilar do eixo de resistência que se opõe a Israel.
PUBLICIDADE
Além de Nasrallah, a operação israelense também resultou na morte de Abbas Nilforoushan, um alto oficial da Guarda Revolucionária do Irã, ampliando o impacto do ataque sobre os aliados de Teerã na região. A morte de dois líderes proeminentes, em um contexto de crescente tensão entre Israel e seus adversários, destaca a gravidade da situação atual.
Em resposta ao ataque, o Hezbollah emitiu um comunicado reafirmando seu compromisso com a resistência armada. O grupo prometeu continuar sua luta contra Israel “em apoio a Gaza e à Palestina, e em defesa do Líbano e do seu povo firme e honrado”. A TV Al-Manar, ligada ao Hezbollah, transmitiu versos do Alcorão após a confirmação da morte de Nasrallah, refletindo o clima de luto e indignação entre os apoiadores do grupo. Ouviram-se rajadas de tiros nas ruas de Beirute, indicando a intensa reação da base de apoio do Hezbollah.
O ataque aéreo em si foi descrito como uma sucessão de explosões poderosas, criando uma cratera de pelo menos 20 metros de profundidade. Fontes militares israelenses informaram que o ataque foi direcionado à sede subterrânea do Hezbollah, que opera sob um edifício residencial em Dahiyeh, uma área controlada pelo grupo. Israel alegou que o ataque foi realizado enquanto a alta cúpula do Hezbollah se reunia para planejar atividades terroristas contra o Estado israelense.