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Brasileiros viram réus por suspeita de ligação com Hezbollah

Mohamad Abdulmajid e Lucas Passos Lima, segundo investigações, faziam tarefas de reconhecimento para possíveis ataques terroristas no país.

  • Por AM POST

  • 25/02/2024 às 12:00

  • Atualizado em 25/02/2024 às 10:54

  • Leitura em dois minutos

Foto: Divulgação

O Tribunal Regional Federal da 6ª Região aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal contra Mohamad Khir Abdulmajid e Lucas Passos Lima por suas supostas ligações com o grupo terrorista libanês Hezbollah. A decisão foi tomada pela juíza Raquel Vasconcelos Alves de Lima, que também citou a existência de um mandado de prisão contra Abdulmajid desde 8 de novembro. As informações são do site O Antagonista.

Abdulmajid, um sírio naturalizado brasileiro, encontra-se foragido desde sua viagem para Beirute, no Líbano, em outubro de 2023, sem retorno ao Brasil desde então. Lucas Passos Lima, segundo as investigações, teria sido recrutado por Abdulmajid, ambos envolvidos em atividades de reconhecimento para possíveis ataques terroristas no país.

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A Polícia Federal, por meio da quebra de sigilo telemático e apreensão de celulares, descobriu que Lucas produziu vídeos e fotos de sinagogas em Goiás e no Distrito Federal, além da Embaixada de Israel no Brasil. Um vídeo específico mostra um veículo aproximando-se de uma sinagoga com comentários sugestivos.

O relatório da investigação destaca que Lucas Passos Lima adquiriu dispositivos de espionagem e vigilância, além de praticar tiro com arma de fogo. A Polícia Federal obteve áudios que indicam o envolvimento dos acusados em atividades ilícitas.

“A gente vai fazer o que você quiser, assaltar banco, explodir carro-forte né, o que você quiser fazer”, cita trecho de áudio mencionado na decisão judicial. A juíza acatou o pedido da PF para a instauração de um novo inquérito contra outros suspeitos, considerando a possibilidade de recrutamento de brasileiros pelo Hezbollah.

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Mohamad Khir Abdulmajid teve seu nome incluído na lista vermelha da Interpol devido à sua ausência no país. As investigações, parte da Operação Trapiche, contaram com a colaboração do Mossad, serviço de inteligência de Israel, de acordo com informações oficiais.

Redação AM POST

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