Em entrevista à revista Time, Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, não descartou a possibilidade de um conflito armado entre o país e o Irã durante seu próximo mandato, que se inicia em janeiro de 2025. “Tudo pode acontecer. É uma situação muito volátil”, declarou o republicano, que foi eleito a Personalidade do Ano pela publicação.
As tensões entre os EUA e o Irã não são novidade, mas a declaração de Trump reacendeu o alerta sobre um potencial confronto. Durante seu primeiro mandato, um dos episódios mais marcantes foi o assassinato do general iraniano Qassem Soleimani, em 2020. O militar, considerado peça-chave na estratégia militar iraniana, foi morto em um ataque ordenado por Trump, sob a justificativa de prevenir possíveis atentados contra os Estados Unidos.
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Desde então, o governo do aiatolá Ali Khamenei prometeu vingança, embora represálias diretas ainda não tenham ocorrido. A recente prisão de agentes ligados ao Irã pelo FBI, acusados de planejar assassinatos de cidadãos norte-americanos, incluindo Trump, agravou ainda mais a relação entre os dois países.
As declarações de Trump foram feitas em um momento delicado, com o Irã buscando expandir sua influência regional e os Estados Unidos endurecendo sua postura em relação ao Oriente Médio. Para muitos analistas, o histórico do republicano e suas declarações indicam que uma escalada militar é uma possibilidade concreta caso novas tensões surjam.
O assassinato de Soleimani foi amplamente condenado por aliados e adversários, mas também consolidou a retórica de força de Trump frente ao Irã. O episódio tornou-se um símbolo do tom combativo de sua política externa.