- (Foto: Divulgação)
As autoridades de saúde dos Estados Unidos anunciaram que pretendem eliminar gradualmente os corantes artificiais à base de petróleo dos alimentos, mas sem uma proibição formal. Segundo o comissário da FDA, Marty Makary, a meta é que a substituição por ingredientes naturais ocorra até o final de 2026, com forte dependência do esforço voluntário da indústria.
O secretário de Saúde, Robert F. Kennedy Jr., reforçou que, apesar de conversas com fabricantes, não há acordos firmados, apenas “um entendimento”. A FDA pretende estabelecer padrões e prazos para a transição, além de revogar autorizações de corantes que não estejam mais em uso.
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Atualmente, a FDA permite 36 aditivos colorantes, sendo oito sintéticos. A eliminação total de corantes artificiais enfrenta resistência de parte da indústria, que argumenta que os aditivos são seguros. Grupos como a National Confectioners Association e a Consumer Brands Association defendem uma abordagem baseada em evidências científicas para eventuais mudanças.
Enquanto isso, estados como Califórnia e Virgínia Ocidental já aprovaram leis restritivas sobre o uso de corantes artificiais em alimentos. Empresas do setor lácteo anunciaram que eliminarão esses corantes de produtos destinados a merendas escolares até 2026.
Os defensores da saúde pública veem a iniciativa como um passo importante para reduzir riscos desnecessários no consumo infantil. Segundo Peter Lurie, presidente do Centro de Ciência de Interesse Público, os corantes têm apenas função estética e comercial, sem benefício nutricional.
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A substituição deve usar ingredientes naturais como beterraba, batata-doce roxa, algas e outros pigmentos vegetais, embora a reformulação de produtos seja vista por parte da indústria como um desafio técnico e logístico considerável.