Notícias do Mundo – O novo comandante da Guarda Revolucionária do Irã, Mohammad Pakpour, fez duras ameaças a Israel nesta sexta-feira (13), após a morte de Hossein Salami em um ataque aéreo atribuído às forças israelenses. “As portas do inferno, em breve, se abrirão para esse regime”, declarou Pakpour, segundo a agência estatal Irna.
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Durante o discurso, ele afirmou que o “regime sionista, criminoso e ilegítimo, enfrentará um destino amargo e doloroso, com consequências imensas e devastadoras”, prometendo retaliação ao ataque que matou o comandante.
O bombardeio ocorreu na madrugada de sexta-feira (13) e atingiu alvos estratégicos no Irã, incluindo a usina nuclear de Natanz, um dos principais pontos do programa de enriquecimento de urânio do país. Moradores de Teerã relataram explosões em diferentes partes da capital nas redes sociais.
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Logo após o início da operação, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez um pronunciamento gravado, classificando o momento como “decisivo na história de Israel” e justificando a ofensiva como resposta direta à “ameaça iraniana à sobrevivência do Estado israelense”. Ele também afirmou que cientistas ligados ao programa nuclear iraniano foram alvos, e que os bombardeios continuarão “pelo tempo que for necessário”.
Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), dezenas de caças participaram da ofensiva, que mirou estruturas militares e nucleares em várias regiões iranianas. O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, decretou estado de emergência e determinou o fechamento do espaço aéreo do país como medida preventiva.
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Em resposta, o Irã suspendeu todos os voos com origem e destino ao aeroporto internacional de Teerã e convocou uma reunião de emergência. Autoridades iranianas alegam que o programa nuclear já tem capacidade para produzir várias ogivas em poucos dias, aumentando a tensão na região.
Os Estados Unidos negaram envolvimento na operação. De acordo com o secretário de Estado, Marco Rubio, Washington foi apenas notificado previamente sobre a ofensiva israelense. A comunidade internacional acompanha com apreensão o possível agravamento do conflito no Oriente Médio.