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Depois de o papa ser amplamente citado como tendo usado uma palavra altamente depreciativa para descrever a comunidade LGBT, o Vaticano afirmou, nesta terça-feira (28), que o papa Francisco não teve a intenção de usar linguagem homofóbica e que pede desculpas a qualquer pessoa ofendida.
É extremamente raro que um papa emita um pedido público de desculpas. “O papa nunca teve a intenção de ofender ou se expressar em termos homofóbicos, e pede desculpas àqueles que se sentiram ofendidos pelo uso de um termo relatado por outros”, disse o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, em comunicado enviado por email.
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A mídia italiana noticiou na segunda-feira (27) que Francisco usou o termo italiano “frociaggine”, que pode ser traduzido como “bicha” ou “viado”, ao dizer aos bispos italianos que continuava a se opor à admissão de gays no sacerdócio.
O site italiano de fofocas políticas Dagospia foi o primeiro a informar sobre o suposto incidente, que teria ocorrido em 20 de maio, quando o pontífice se reuniu com bispos italianos a portas fechadas.
O jornal Corriere della Sera citou bispos não identificados que estavam na sala, sugerindo que o papa, como argentino, poderia não ter percebido que o termo italiano que ele usou era ofensivo. Bruni disse que Francisco estava “ciente” das reportagens.
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O porta-voz do Vaticano reiterou que o papa continua comprometido com uma Igreja acolhedora para todos, onde “ninguém é inútil, ninguém é supérfluo, há espaço para todos”. Os comentários relatados causaram choque e consternação, mesmo entre seus apoiadores.
*Agência Brasil