- Plano iraniano para matar Trump é identificado por serviço de inteligência americana-Foto: Reprodução
A diretora do Serviço Secreto dos Estados Unidos, Kimerly Cheatle, descreveu a tentativa de assassinato contra o ex-presidente Donald Trump como “a falha operacional mais significativa do Serviço Secreto em décadas”. A declaração foi feita durante uma audiência realizada pelo Comitê da Câmara nesta segunda-feira, em que Cheatle assumiu total responsabilidade pelo incidente ocorrido em 13 de julho.
Durante o comício, testemunhas relataram ter visto um homem armado com um rifle no telhado minutos antes do ataque. A ausência de agentes de segurança no telhado foi um dos pontos mais criticados pelos membros do Comitê. O presidente do Comitê, James Comer, questionou Cheatle sobre o motivo da falta de vigilância adequada naquele local específico.
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Cheatle afirmou que havia um plano para fornecer vigilância, mas que ainda estão “avaliando as responsabilidades e quem deveria fornecer essa vigilância”. Ela também mencionou que inicialmente havia dito que três agentes da polícia local estavam no prédio, informação posteriormente contestada pelas forças de segurança que patrulhavam o comício.
“Ainda estamos analisando o processo de avanço e as decisões que foram tomadas. O prédio estava fora do perímetro no dia da visita, mas, mais uma vez, essa é uma das coisas que, durante a investigação, queremos examinar”, explicou Cheatle.
Apesar das falhas de segurança evidenciadas, Cheatle destacou a rápida ação dos agentes do Serviço Secreto assim que os disparos foram ouvidos. Ela expressou orgulho pelas ações tomadas pela equipe do ex-presidente, pelos contra-atiradores que neutralizaram o atirador e pela equipe tática que deu cobertura durante a evacuação.
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A audiência no Comitê da Câmara deixou claro que há uma série de questões a serem abordadas e resolvidas. Comer, assim como outros membros do Comitê, enfatizou a necessidade de uma revisão completa dos protocolos de segurança para evitar que incidentes semelhantes aconteçam no futuro. A análise deve focar tanto nos erros cometidos quanto nas medidas de prevenção que precisam ser adotadas.
Enquanto a investigação continua, a diretora do Serviço Secreto reiterou seu compromisso com a transparência e a responsabilidade. “Nós falhamos. Como diretora do Serviço Secreto dos Estados Unidos, assumo total responsabilidade por qualquer falha de segurança”, disse Cheatle. Ela assegurou ao Comitê e ao público que todos os aspectos do incidente estão sendo minuciosamente revisados.
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A tentativa de assassinato de Trump é um lembrete sombrio dos riscos contínuos enfrentados por figuras públicas e da importância vital das operações de segurança. O incidente de 13 de julho trouxe à tona a necessidade de revisão e aprimoramento dos protocolos de segurança do Serviço Secreto, uma agência cuja reputação de proteger líderes nacionais foi abalada por esse evento.