- Foto: divulgação
Nesta quinta-feira (21), o Tribunal Penal Internacional (TPI) anunciou mandados de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, acusados de crimes de guerra e contra a humanidade. A decisão foi recebida como uma vitória pelo Hamas, que classificou o movimento como “histórico”.
Em um comunicado, Basem Naim, chefe político do Hamas, declarou que o pedido da Corte de Haia é um avanço significativo na busca por justiça para a causa palestina. No entanto, ele enfatizou que a decisão precisa de suporte internacional para se traduzir em ações práticas. “Permanece limitada e simbólica se não for apoiada pelas metodologias certas e por todos os países do mundo”, afirmou Naim.
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Acusações e contexto
Os mandados de prisão foram emitidos no contexto de alegações de crimes de guerra cometidos durante os confrontos na Faixa de Gaza. O procurador do TPI, Karim Khan, afirmou que há motivos razoáveis para acreditar que Netanyahu e Gallant desempenharam papéis-chave nas ações militares israelenses que resultaram em graves violações dos direitos humanos.
A ordem também incluiu Mohammed Deif, líder militar do Hamas, a quem Israel havia declarado como morto. No entanto, o TPI não reconheceu a morte de Deif devido à falta de comprovações, mantendo-o como alvo do mandado.
Repercussões internacionais
A decisão gerou forte reação em Israel, que não reconhece a jurisdição do TPI. Em contraste, o Hamas usou o anúncio como ferramenta para impulsionar sua narrativa política, alegando que a decisão legitima as acusações de crimes contra os palestinos.
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Esta não é a primeira vez que o TPI envolve líderes regionais em suas investigações. Anteriormente, líderes do Hamas, como Ismail Haniyeh e Yahya Sinwar, foram alvos de apurações semelhantes. Contudo, suas mortes encerraram os processos relacionados.