Notícias do Mundo –  O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (23) um cessar-fogo total entre Israel e Irã, após 12 dias de intensos confrontos. Segundo Trump, o acordo entrará em vigor dentro de seis horas e será implementado em fases, com cada país iniciando o cessar das hostilidades de forma coordenada.

A declaração foi feita por meio da plataforma Truth Social, onde Trump afirmou que, na “12ª hora”, Israel também iniciará a suspensão dos ataques, culminando no “fim oficial da guerra de 12 dias” na 24ª hora. O presidente norte-americano elogiou a “resistência, coragem e inteligência” de ambos os países por chegarem ao acordo. “Esta é uma guerra que poderia ter durado anos e destruído todo o Oriente Médio, mas não destruiu e nunca destruirá!”, publicou.

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O anúncio ocorre após uma escalada significativa no conflito. No último sábado (21), os Estados Unidos bombardearam três instalações nucleares iranianas — Fordow, Natanz e Esfahan — como resposta a um ataque de Israel ao Irã, ocorrido no dia 13. Em retaliação, nesta segunda-feira (23), as Forças Armadas do Irã lançaram mísseis contra a base militar norte-americana de Al-Udeid, no Catar. A base é considerada a maior instalação militar dos EUA no Oriente Médio, abrigando cerca de 10 mil pessoas.

O Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã afirmou que o número de mísseis lançados corresponde ao total de bombas usadas pelos EUA no ataque anterior. O alvo dos mísseis iranianos foi deliberadamente escolhido em área remota, distante de centros urbanos catarianos.

O Irã alega que seu programa nuclear tem fins pacíficos e acusa a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) de agir de forma politicamente tendenciosa. Apesar de ser signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, o país tem sido alvo de suspeitas da AIEA quanto ao cumprimento total das obrigações internacionais.

Enquanto isso, Israel segue rejeitando qualquer possibilidade de o Irã possuir armamento nuclear, embora o próprio Estado israelense seja amplamente apontado por analistas internacionais como possuidor de um programa nuclear secreto desde a década de 1950.